Abas f. pl. Capilhas de couro dos dois lados do selim. 
                
                Abdero Antrop. Nome do rapaz grego que foi devorado
                  pelos cavalos de Diomedes, os quais Hércules lhe dera a guardar, depois que os
                  roubou a esse rei da Trácia.
                  
                  Acaneia f. Cavalgadura bem proporcionada, mansa e de passo curto.
                  
                  Acêvar m. Ant. Suco amargo de aloés,
                  que serve para curar as feridas dos cavalos e a quebradura
                  das pernas das aves.
                  
                  Achanum m. Ant. Doença contagiosa nos
                  cavalos e bois.
                
                  Acurvilhar v. Acurvar a cavalgadura; ou ajoelhar.¦Dobrar o cavalo
                  com frequência e em excesso os curvilhões.
                  
                  Adraguncho m. Ant. Glândula engorgitada
                  no peito e pernas dos cavalos.
                  
                  Agrião m. Bras. Tumor duro e sem dor
                  no curvilhão
                  das cavalgaduras.
                  
                  Aguadeiras f. pl. Cangalhas para carregar
                  cântaros com água.
                
                  Aguamento m. Doença do cavalo e de
                  outros animais.
                
                  Ajuaga f. Veter. Espécie de tumor que
                  nasce no casco das cavalgaduras.
                  
                  Ajustura f. Pequena cavidade numa ferradura,
                  para que esta se adapte facilmente ao pé.
                  
                  Alamia f. Ant. Franja para cavalo.
                
                  Alares m. pl. Laços feitos de sedas
                  de cavalo, para apanhar perdizes.
                  
                  Alastor Mit. Um dos cavalos do carro de Júpiter.
                
                  Alazão adj. Que tem cor castanha-avermelhada.¦S. O cavalo
                  dessa cor. Pl.: alazães, alazões ou alazãos. («Na
                  frente do velho, todo curvado, e da rapariga, alta, vestida de trajos
                  garridos, António Vargas refreava o ímpeto do 
                alazão
                  e impunha-lhe aquele passo miúdo e sacudido de modo a não
                  se distanciar», «O ódio das vilas»,
                  Aldeia Nova, Manuel da Fonseca.)
                  
                  Albarda f. Sela grossa de bestas de carga.
                
                  Albardão m. Espécie de sela
                  para montar.
                
                  Albardeira adj. Espécie de agulha grande,
                  com que se cosem as albardas.
                  
                  Albardeiro adj. e s. Que ou o que faz albardas.
                
                  Albardilha f. Esteirão por debaixo
                  das cangalhas.
                
                  Albino adj. Diz-se do tipo de pelagem (não uma raça)
                  que apresenta pelo branco puro, pele clara e olhos 
                translúcidos.
                
                  Alcácel m. Ferrejo, que se dá em verde, às
                  cavalgaduras.
                  
                  Alcafar m. Coberta ou caparazão, jaez
                  ou adorno de cavalos.
                
                  Alcalada f. Rede de lançar por cima
                  de cavaleiros.
                
                  Alcançadura f. Ferida que se faz ao cavalo.
                
                  Alçaprema f. Instrumento de ferrador,
                  próprio para apertar
                  o focinho das bestas quando são ferradas.
                  
                  Alentos m. pl. Orifício dentro das
                  ventas do cavalo.
                
                  Alfaraz m. Cavalo ligeiro.¦2. Cavaleiro
                  destro.
                
                  Alfário adj. Diz-se do cavalo que relincha
                  muito e que levanta muito as mãos.
                  
                  Alfeça ou alfece m. Utensílio
                  de ferreiro.
                
                  Algeira adj. Diz-se da égua estéril.
                
                  Alifafe m. Tumor que se cria entre o nervo do jarrete e o osso da perna
                  do cavalo. 
                  
                  Alima f. Sentença ou obrigação,
                  pela qual se deviam entregar cavalos, burros, bois ou ovelhas.
                  
                  Almadrixa, almatrinxa ou almatrixa f. Manta
                  presa com uma silha, usada nas cavalgaduras; atafal.¦Almofada com bastas, que se põe
                  sobre o albardão.¦Cobertura de peles, com que se aparelham
                  burros, ligada por uma silha grosseira de baraço.
                  
                  Almarado adj. Diz-se do touro e do cavalo
                  que tem em volta dos olhos, da boca e das ventas uma circunferência de cor diversa do resto
                  da cabeça.
                  
                  Almocreve m. Aquele que tem por ofício alugar ou conduzir bestas
                  de carga; recoveiro; azemel. O almocreve Dorsez ficou na História:
                  foi guia de Napoleão na travessia dos Alpes, antes de este desembocar
                  nas planícies da Lombardia, na retaguarda do exército
                  austríaco, que ocupava Génova.
                  
                  Almofaça f. Ferramenta de limpeza de
                  metal ou borracha que consiste de várias lâminas dentadas concêntricas e que serve
                  para limpar o pêlo do cavalo da sujidade mais entranhada.
                  
                  Almofacilha f. Estopa com que se cobre a barbela
                  ou cabeção
                  do cavalo.
                  
                  Almofate m. Vazador; furador ou sovela.
                
                  Alnaíbe m. Antigo capitão de
                  cavalos.
                
                  Alporca f. Veter. Amigdalite da língua.
                
                  Alquilador adj. e m. Que ou o que alquila, compra ou vende bestas de
                  carga ou de montar.
                  
                  Altura f. A altura dos cavalos mede-se no
                  garrote (base do pescoço,
                  onde começa o dorso) que é a parte mais alta do corpo
                  do cavalo quando este baixa a cabeça e o pescoço. 
                  
                  Alvarazo m. Veter. Denominação antiga de uma dermatose
                  vulgar nos cavalos e noutras espécies domésticas.
                  
                  Alveitar m. O que exerce a alveitaria. 
                
                  Alveitarar v. Exercer as funções
                  de alveitar.
                
                  Alveitaria f. Arte de curar as enfermidades
                  dos animais.¦2.
                  Arte de ferrar as bestas ou cavalgaduras. 
                  
                  Amame adj. 2. gén. Diz-se do cavalo de duas cores, malhado de
                  branco e preto.¦Fouveiro, pigarço-preto.
                  
                  Amarilha f. Caquexia aquosa das bestas.
                
                  Amazona f. Mulher que monta a cavalo.
                
                  Amazona (montar à): técnica
                  de montar a cavalo com as duas pernas do lado esquerdo do cavalo
                  utilizada pelas senhoras
                  no
                  tempo em que se considerava deselegante que estas montassem
                  escarranchadas
                  (com uma perna de cada lado). Pratica-se com uma sela especial
                  e hoje em dia constitui praticamente uma modalidade equestre
                ou uma
                  arte.
                  
                  Amble m. Uma andadura (não um andamento) lenta a dois tempos
                  em que os dois membros do mesmo lado avançam ao mesmo
                  tempo. 
                  
                  Ambrador m. Indivíduo que ensinava
                  as mulas a andar. 
                
                  Americano m. Carro grande, de quatro rodas,
                  puxado por cavalos ou muares sobre carris de ferro assentes
                  em vias ordinárias.
                  O m. q. chora.
                  
                  Ampix m. Os arreios e os freios dos cavalos entre os Gregos.
                
                  Andareco adj. Diz-se do cavalo de marcha ligeira
                  mas incómoda.
                
                  Andas f. pl. Liteira puxada por cavalos ou transportada por homens.
                
                  Andilhas f. pl. Espécie de sela de
                  madeira semelhante a uma cadeirinha, que, posta sobre a cavalgadura,
                  ampara a pessoa
                  que monta
                  sentada.
                  
                  Andrino adj. De cor negro-azulada (dizia-se dos cavalos).
                
                  Aneia f. Égua. 
                
                  Angonais m. pl. Aparelhos com que o animal
                  tira água
                  ao engenho da nora. 
                  
                  Angueira ou anguera f. Ant. Imposto, multa, aluguer a favor do Estado
                  que antigamente incidia sobre as bestas de aluguer.
                  
                  Antemão f. A parte do corpo do cavalo
                  que está à frente
                  do cavaleiro – cabeça, pescoço, espáduas
                  e membros anteriores. 
                  
                  Antolhos m. pl. Peça de couro que se põe
                  ao lado dos olhos dos animais para os obrigar a olhar para
                  a frente.
                  
                  Aparelho m. Conjunto de arreios de uma cavalgadura. 
                
                  Apeadeira f. Pedra ou pau que serve de apoio àquele
                  que monta a cavalo, ou dele se apeia.
                  
                  Apero m. Conjunto de arreios custosos, para ajaezar os cavalos. 
                
                  Aperta-beiço m. O m. q. aziar.
                
                  Apotrar v. tr. Ficar com as manhas do potro; tornar-se arisco.
                
                  Apuava adj. Diz-se do cavalo espantado, arisco
                  ou alçado.
                
                  Aquartalado adj. Diz-se dos cavalos que têm
                  os quartos fortes e baixos.
                  
                  Aquerenciadora adj. Bras. Diz-se da égua-madrinha, que acostuma
                  determinado número de cavalos a acompanhá-la.
                  
                  Aragano adj. Diz-se do cavalo assustadiço, fugão ou difícil
                  de ser domado.
                  
                  Arcada de trás: a parte detrás
                  do arreio (levantada).
                
                  Arção m. Peça arqueada de madeira, que faz parte
                  da armação da sela, e a limita.
                  
                  Ardego adj. Fogoso (cavalo).
                
                  Ares acima do chão:
                  movimentos de alta escola em que o cavalo levanta os membros
                  anteriores do chão ou os anteriores
                  e os posteriores (ver balotada, cabriola, corneta, garupado,
                  levada).
                  
                  Arestim m. Eczema dos equídeos.
                
                Argel adj. e m. Diz-se de certos cavalos malhados.¦Esse
                  cavalo.
                  
                Armim m. Malha, perto do casco da besta. 
                
                Armino m. Malha de cor no casco do cavalo.
                
                Arnês m. Arreios de cavalo.
                
                Arnilha f. O m. q. ranilha. 
                
                Arquilha f. Caixa de assento do cocheiro.
                
                Arreador m. Apesar de ser a mesma pessoa, o arreador ou tosquiador,
                  era tratado de maneira diferente conforma 
                o trabalho que iria
                executar. Assim, o arreador, cortava (arreava) os asininos (burros),
                e gado
                  muar (machos e mulas), do meio ventre para cima, aparava as
                  crinas e a cauda,
                  e por vezes fazia padrões na garupa do animal com a tesoura.
                  Estes últimos procedimentos ainda hoje se fazem nos cavalos.
                  Ainda sobre os objectos em exposição, o ferro, luva e
                  cardoa serviam para a limpeza do animal, enquanto que o aziar servia
                  para imobilizar o animal prendendo-o pela boca na zona da «barra»,
                  onde não tem dentes.
                  
                Arreata f. Corda, ou correia, com que se prendem e puxam cavalgaduras;
                  cabresto; cabeçada.
                  
                Arreaz f. Equit. Fivela sem fuzilhão, por onde se enfiam
                  os loros dos estribos.
                  
                Arretal m. Ant. Corda com que se ligavam as pernas dos cavalos,
                  na equitação. 
                  
                Asinoterapia f. É uma terapêutica alternativa, com recurso
                  a burros, para pessoas com necessidades especiais, usada no tratamento
                  de problemas físicos e mentais. Em Portugal, usa-se em especial
                  o burro mirandês, pela sua docilidade. Para mais informação,
                  ver aqui.
                  
                Asnis m. pl. Ant. Arreios; arreata.¦2. Albarda.
                
                Asno m. O asno foi muito utilizado como besta de carga e para
                  criar mulas, que são o resultado do cruzamento de uma égua
                  e um macho de asno. Classificação científica:
                  os asnos pertencem à família dos Equídeos, dentro
                  da ordem dos Perisodáctilos. O asno selvagem africano classifica-se
                  como Equus asinus, o onagro como Equus hemionus onager, o kiang como
                  Equus hemionus kiang, o khur ou ghorkar como Equus hemionus khur e
                  o kulán ou chigetai, da Mongólia, como Equus
                  hemionus hemionus.
                  
                Assentadura f. Ferida provocada pela fricção
                  dos arreios com a pele do cavalo.
                  
                Atafal m. Cinta larga e franjada, presa à albarda, para que
                  esta não corra.
                  
                Atavanado adj. Diz-se do cavalo preto ou castanho, com malhas
                  brancas ou moscas, nos ilhais ou nas espáduas. 
                Aurigía f. Arte do cocheiro.
                Azemel m. O condutor de azémolas; arrieiro, almocreve.¦2.
                  Besta, azêmola.
                Azêmola f. Besta de carga.¦2. Cavalo estropiado e sem
                  préstimo.
                Aziar m. Instrumento com que se apertam os beiços às
                  bestas, para as ter quietas. 
                Azuá adj. Bras. Diz-se do cavalo espantadiço e pouco
                  dócil.
                Baia f. Trave na cavalariça que serve para separar as
                  cavalgaduras.
                Babieca: era o nome da montaria de El Cid campeador (Rodrigo
                  de Bivar) um dos vassalos mais fiéis ao rei Alfonso,
                  no ano 1000.
                Babilha f. O m. q. soldra. 
                Bacheiro m. Forro de lã posto sobre o suadouro e por baixo
                  da carona da sela.
                Badano m. Cavalo velho e magro.
                Badona f. Gír. Cavalo.
                Bafordar v. Ant. Atirar ao tabulado com lanças curtas; exercício
                  que se fazia a cavalo.
                Baio adj. e m. Cavalo castanho-claro.¦Cavalo de pele escura
                  com pelo que pode ir do castanho até ao amarelo ou amarelo-torrado,
                  com a crina e a cauda pretas, os membros pretos da articulação
                  média para baixo e um risco preto que vai do garrote (onde termina
                  a crina) até ao nascer da cauda.
                Balais m. Ant. Escova usada na limpeza dos cavalos.
                Bálbide f. Na Grécia, linha traçada no hipódromo
                  para servir de ponto de partida.
                Balestilha f. Espécie de besta pequena, que os alveitares
                  usam para sangrar.
                Balotado: ar de escola, em que o cavalo recua colocando as
                  pernas debaixo da massa e depois volta para a frente com as
                  pernas recolhidas
                  antes
                  de se receber com os quatro membros no chão ao mesmo
                  tempo.
                Barbada f. O beiço do cavalo, onde aperta a barbela.
                Barbata f. Assento do freio, na parte da boca do cavalo em
                  que não
                  tem dentes.
                Barbela f. Corrente de metal que se prende unindo as duas cambas
                  do freio por trás do queixo do cavalo e que fazem o
                  efeito de alavanca pretendido neste tipo de embocadura.
                Barbelões m. pl. Dobras da membrana mucosa da boca, debaixo
                  da língua do cavalo, que servem para proteger o orifício
                  do canal da glândula maxilar.
                Barbicacho m. Cabeção de cordas para bestas.
                Barbozinho m. Pequena excrescência mórbida na
                  boca dos cavalos.
                Bardão m. Couraça do cavalo. 
                Bardoto m. Bras. Nome que se dá ao animal que resulta do cruzamento
                  do cavalo com a jumenta. Hinny, em inglês.
                Barra f. Veter. Espaço nos maxilares entre os dentes
                  caninos e os molares.
                Barrage f. Desempate das provas de obstáculos.
                Barrigueira f. Peça que faz parte da cilha, a que passa
                  pela barriga do cavalo.
                Bastarão adj. Muito grosseiro de formas (falando de
                  cavalo).
                Baste m. Ant. Sela das cavalgaduras que transportavam peças,
                  cofres e reparos de artilharia de montanha e de campanha.
                Basteirar v. Produzir basteiras (diz-se do lombilho).
                Basteiras f. pl. Parte acolchoada do lombilho que assenta sobre
                  a carona.¦2.
                  Ferida feita no lombo do animal pelo lombilho.
                Bata f. Partes acolchoadas e paralelas do lombilho.¦2. Pl. Gír.
                  Cascaria dos cavalos.
                Bate-sela m. Cavaleiro que não se firma sobre a sela.
                  O m. q. batissela.
                Begueiro adj. Diz-se do jumento quando pequeno.¦2. O próprio
                  jumento.
                Bigodeira f. Espécie de escova que serve para limpar
                  as bestas.
                Bigorna f. Bloco de ferro pesado com a face superior lisa,
                  onde o ferrador (jurreiro) molda as ferraduras que irá colocar
                  nos cavalos.
                Bleima f. Doença do casco do cavalo. O m. q. escarça.
                Boas-pernas f. pl. Regular conformação e aprumo dos membros
                  posteriores do cavalo.¦2. Firmeza do cavaleiro na sela.
                Bocal m. Peça do freio do cavalo que entra na boca.
                Bocalvo adj. Diz-se do quadrúpede (especialmente touro e cavalo)
                  que tem branca a extremidade de um ou de ambos os beiços.
                Boleia f. Assento do cocheiro.
                Boleeiro m. O que montado na besta, dirige a boleia das seges; cocheiro.
                Boleto m. Articulação da perna do cavalo.
                Bolisco m. Excremento de burro.
                Bom calção loc. O que monta bem a cavalo.
                Boquialvo adj. Diz-se do animal que tem a boca ou o focinho branco.
                Boquiardente adj. Diz-se do cavalo que tem boca muito sensível
                  ao freio.
                Boquiduro adj. Diz-se do cavalo que é duro de boca.
                Boquimole adj. Diz-se do cavalo que é brando da boca. 
                Borístenes m. Nome do cavalo de caça do imperador Adriano,
                  que ao morrer teve directo a um funeral de grande pompa e uma rica
                  sepultura de mármore.
                Bornil m. O m. q. molhelha.
                Borraína ou borrainha f. Tomento que serve para estopar as obras
                  de correeiro, seleiro, etc.¦2. Parte da sela assim acolchoada.
                Bosta f. O excremento de animais, como boi, cavalo, mas propriamente
                  do boi.
                Bota-sela f. Ordem ou sinal que se faz a cavalaria para arear ou selar
                  os cavalos.
                Braceiro adj. Diz-se do cavalo que levanta as patas dianteiras.
                Bracicurto adj. Diz-se da cavalgadura que tem os membros superiores
                  curtos e arqueados.
                Braquear v. Mover, agitar o estribo, para esporear de chapéu
                  a cavalgadura.
                Brida f. A rédea do cavalo pegada ao freio.¦Correr a
                  toda a brida, à desfilada.¦Sistema de equitação.
                Bridado adj. Diz-se do cavalo cuja cabeçada, freio, etc., são
                  de outro esmalte.
                Bridão m. Brida grande. É a mais antiga e mais simples
                  embocadura que consiste num bocado articulado com uma argola em cada
                  extremidade onde se fixam tanto as faceiras como as rédeas.
                Bridar v. Pôr brida ou freio em.
                Brivana f. Égua.¦Besta.
                Broma f. Parte da ferradura de besta em que assenta a parede circular.
                Bronco adj. Diz-se do cavalo por desbastar ou mal desbastado.
                Bronco Riding: Uma das provas dos rodeos. A única peça
                  do arreio que se coloca no cavalo é uma tira de cabedal que
                  se aperta pelo meio, de onde sai uma pega para a mão
                  do cavaleiro.
                Brossa f. Escova de limpar bestas.
                Brussa f. Escova compacta de pêlos muito curtos que se usa para
                  retirar o pó debaixo do pelo do cavalo e para massajar
                  a pele.
                Buçala f. Prov. trans. Mula nova.
                Bucéfalo m. Quando todos haviam desistido de amansar o cavalo,
                  mais tarde chamado Bucéfalo, Alexandre, o Grande, verificou
                  que o animal reagia com violência ao ver a sua própria
                  sombra contra a luz do sol. Alexandre colocou-se em posição
                  onde isso não ocorria e então conseguiu o domínio
                  do cavalo que se tornaria amigo inseparável em muitas guerras.
                  Bucéfalo, quando morreu, foi homenageado por Alexandre que mandou
                  construir uma cidade em sua honra: Bucefalia. A sua alimentação
                  era servida em vasos de ouro e bebia em taças do mesmo metal.
                  Muitas vezes comia na própria mesa do imperador. A sua grande
                  sorte culminou com a nomeação para o Colégio de
                  Sacerdotes, a suprema honraria alcançada pelo homem.
                Burak f. (do árabe ??????). Égua alada, com cabeça
                  de mulher que, para os muçulmanos, teria participado da ida
                  do profeta Maomé até ao sétimo céu. «Como
                  um qualquer construtor civil, cavou a terra para a construção
                  do Shamsi Talab no local onde o sultão avistara as pegadas de
                  Buraq, o cavalo do Sagrado Profeta, e transportou pedras sobre a sua
                  cabeça para a edificação do mausoléu do
                  santo Qutubuddin Bakhtiyar Kaki», Deli, Khushwant Singh. 
                Burra velha de longe aventa pegas, prov.
                Burricada f. Multidão, ajuntamento de burros, jericada. ¦2.
                  Rancho de pessoas montadas em burros.
                Burro bravo dá coice até no vento, prov.
                Burro calado por sábio é contado, prov. 
                Burro calado se torna sábio, prov.
                Burro com fome (até) cardos come, prov.
                Burro de aluguel coça-lhe o farnel, prov.
                Burro de muitos depressa esfalfado, prov.
                Burro e burriqueiro nunca pensam do mesmo modo, prov.
                Burro e carroceiro nunca estão de acordo, prov. 
                Burro mirandês: «A associação protectora
                  do burro mirandês iniciou um projecto terapêutico para
                  crianças deficientes com a ajuda desses animais, a primeira
                  raça de burros protegida em Portugal. A primeira sessão
                  prática de asinoterapia (terapia com recurso a burros) decorreu
                  ontem com crianças que frequentam a Escola Preparatória
                  de Miranda do Douro. Os mais novos puderam fazer festas aos animais,
                  escová-los, alimentá-los, aprender a comandar e coordenar
                  o burro, além de, ao montá-los, praticarem exercícios
                  de equilíbrio», Correio da Manhã, 13.07.2004. 
                Burro morto, cevada ao rabo, prov.
                Burro não se amansa, acostuma-se, prov. 
                Burro que muito zurra pede cabresto, prov.
                Burro que vai a Santarém, burro vai e burro vem, prov.
                Burro velho não aprende línguas, prov.
                Cabear v. Menear o cavalo a cauda quando o picam; rabear.
                Cabeçada f. Parte dos arreios que cingem a cabeça
                  e o focinho das cavalgaduras.
                Cabeçada de manjedoura: cabeçada sem embocadura que se
                  serve para prender o cavalo à manjedoura ou a qualquer argola
                  ou para o conduzir a mão.
                Cabeçada sem embocadura: qualquer uma da variedade de cabeçadas
                  sem embocadura, com a qual o controlo é conseguido através
                  de pressão sobre o changro e o queixo do cavalo e não
                  dentro da boca.
                  Cabeção m. Espécie de
                  cabresto que aperta no focinho.
                Cabeção de passar à guia: semelhante a uma cabeçada
                  de manjedoura mas com três argolas na focinheira, que permitem
                  colocar a guia em três posições diferentes. 
                Cabeçote m. Parte dianteira superior da sela.
                Cabeio m. Movimento violento da cauda do cavalo.
                Cabos m. pl. Partes dos membros do cavalo, para baixo do joelho
                  e do curvilhão.
                Cabreado adj. Heráld. Diz-se do cavalo que se representa
                  levantado sobre as patas posteriores.
                Cabrear v. Pinotar.¦2. Empinar-se o cavalo.
                Cabresteador m. Animal que, puxado pelo cabresto, acompanha facilmente
                  outro em que monta o condutor.
                Cabrestilho m. Pequeno cabresto.
                Cabresto m. Corda ou correia com que se prende a cavalgadura
                na estrebaria ou com que se governa a que não leva freio ou cabeçada.
                Cabriola f. Um ar alto em que o cavalo recua com os posteriores
                  bem situados debaixo da massa e depois salta para cima e para
                  a frente
                  ao mesmo tempo que dá um coice para trás com
                  os dois membros posteriores antes de se receber com os quatro
                  membros
                  ao
                  mesmo tempo bem reunidos.
                Cachaceira f. Correia que faz parte da cabeçada.
                Cadência f. O ritmo do movimento do cavalo.
                Cadixe adj. e m. Raça ou designativo de certa raça de
                  cavalos árabes.
                Cama f. Pode ser feita de palha, aparas, papel cortado, e servem
                  para recobrir o chão do local onde o cavalo dorme, para
                  proteger quando se deita e para manter aquecido.
                Canas f. pl. Tiras de couro cru das rédeas.
                Canastrão adj. Cavalo grande sem energia.
                Candeu adj. Semelhante ao cando ou casco da besta.
                Cando m. A porção do casco do cavalo entre o mais
                  delgado da tapa e as ranilhas.
                Candorça f. Égua velha e escanzelada.
                Canejo m. Defeituoso de aprumo dos membros posteriores, quando
                  visto por trás (solípede).
                Canelo m. Parte de ferradura da besta.
                Canesson m. Tipo de focinheira mais simples de todas.
                Cangalhas f. pl. Armação de madeira ou ferro, em
                  que se sustenta e equilibra a carga das bestas, metade de um
                lado, metade
                  do outro delas.
                Cangocha f. Salto para o ar dado pelo cavalo – normalmente com
                  intenção
                  de se livrar do cavaleiro no qual o cavalo arqueia o dorso e se recebe
                  com as mãos hirtas e a cabeça muito baixa.
                Canhão m. Peça do freio das cavalgaduras.
                Canipreto adj. Diz-se do cavalo que apresenta pêlos pretos,
                  sendo outra a cor da sua pelagem.
                Cansão adj. Diz-se do cavalo que se cansa facilmente
                  em marcha.
                Cantagalo adj. Diz-se de certa maneira de atar a cauda do cavalo.
                Canteio m. Faceado da beira externa da ferradura.
                Caparazão m. Espécie de gualdrapa ou xairel, preso à sela
                  e pendente sobre as partes posteriores e laterais da barriga do cavalo.¦2.
                  Antiga armadura dos cavalos para as batalhas.
                Caparzão m. O m. q. caparazão.
                Capataço m. Pancada que a besta dá e com que
                  se lhe atroam os cascos.
                Caravanho adj. Diz-se do pé do cavalo que, quando apoiado, inclina
                  a pinça para dentro.
                Cardoa f. Escova de pêlos longos que serve para libertar
                  o pelo do cavalo de sujidade mais superficial.
                Careto adj. Diz-se do burro que tem o focinho preto.
                Cascalvo adj. Que tem cascos brancos; diz-se do cavalo.
                Casco m. Unha do pé de solípedes, paquidermes e
                outros animais. 
                Casquicheio adj. Que tem o casco cheio.
                Casquicopado adj. Que tem o casco copado, redondo.
                Casquiderramado adj. Que tem o casco largo na palma, por baixo.
                Casquimole adj. Que tem cascos moles ou brandos.
                Casquisseco adj. Que tem os cascos secos.
                Castanha f. Excrescência córnea da cabeça
                do cavalo.
                Castrado adj. Cavalo (macho) que foi castrado. Constitui a
                  maior percentagem de cavalos usados em desporto. Os outros
                  são inteiros (garanhões)
                  e as éguas. 
                Catrapo m. Cavalgadura pesada, feia e de mau passo.
                Catrinotas f. pl. Arreios sem cabeçada. 
                Catróio m. Cavalgadura.
                Catucar v. tr. Esporear o cavalo.
                Cauda f. Conjunto de pêlos longos e coto da cauda do cavalo.
                Caudelaria f. O m. q. coudelaria. 
                Cava f. Escavação na coroa dos dentes dos cavalos.
                Cavalão m. Cavalo grande.
                Cavalar adj. Que pertence à espécie cavalo.
                Cavalariça f. Casa térrea, estrebaria, estábulo
                  onde se recolhem e alimentam cavalos, muares e burros.
                Cavalgada f. Troço de cavalaria, que vai correr ou chocar com
                  o inimigo.¦2. Acompanhamento, pompa de cavaleiros; rancho
                  de pessoas a cavalo.
                Cavalicoque m. Cavalo de pouco valor, magro, velho.
                Cavalletti (cavaletes): Série de varas a uma altura pequena
                  do chão (25 a 30 cm) que obrigam o cavalo a abrir e elevar as
                  passadas aprendendo a andar de forma mais equilibrada e impulsionado
                  ao mesmo tempo que exercita melhor os músculos. 
                Cavalo alazão deixa o dono com o estribo na mão,
                  prov.
                Cavalo alazão, freio no braço, sela na mão,
                  prov.
                Cavalo alazão, muitos o querem e muitos o hão,
                  prov.
                Cavalo alazão, ou muito bom ou muito ladrão,
                  prov.
                Cavalo alazão rosilho e tubiba de aroeira, o Diabo o
                  queiram, prov.
                Cavalo alazão, todos o querem, todos o querem e poucos o dão,
                  prov.
                Cavalo alugado não se cansa, prov.
                Cavalo de completo loc. Cavalo que compete ou que é capaz de
                  competir nas três fases do concurso completo de equitação.
                Cavalo de Mazouco. Mazouco é uma aldeia do concelho de Freixo
                  de Espada à Cinta e é lá que está uma gravura
                  rupestre paleolítica — precisamente de um cavalo — numa reentrância
                  xisto-grauváquica, na margem direita da ribeira de Albargueira.
                Cavalo de sela loc. O que nas seges era montado pelo boleeiro;
                  o cavalo que fica à esquerda do cocheiro.
                Cavalo na mão: Cavalo que se desloca com impulsão, sem
                  no entanto perder posição correcta do pescoço
                  e da cabeça, sem forçar ou evitar o contacto com as mãos
                  do cavaleiro (através das rédeas e da embocadura).
                Cavalo pintado com listras de zebra permanece cavalo, prov.
                Cavaloar v. Saltar como os cavalos.
                Cavas f. pl. Vãos no casco do cavalo, que dividem os talões.
                Caxito m. Cavalo de cor fulva ou melado.
                Celhado ou celheado adj. Diz-se do cavalo ou touro que tem sobrancelhas
                  brancas.
                Celero m. cavalo de Lino Vero, irmão de Marco Aurélio,
                  o imperador filósofo, que comia somente uvas e avelãs,
                  tinha cobertas de púrpura e morava num palácio. Vero
                  mandou erigir uma estátua de ouro em seu louvor e depois de
                  morto deram-lhe um soberbo mausoléu no Vaticano. 
                Cenho m. Veter. Doença entre o casco e o pêlo
                  da besta.
                Centauro m. Monstro fabuloso, metade homem, metade cavalo.¦2.
                  Cavaleiro infatigável e hábil.
                Cepilho m. Parte anterior e elevada da sela.
                Cerneia f. Omoplata dos cavalos.
                Cernelha f. Parte do corpo de alguns animais (cavalos, bois,
                porcos, etc.), em que se juntam as espáduas. 
                Cerrilha f. Bordo em redor da cavidade dos incisivos dos equídeos
                  e que se arrasa aos cinco anos.
                Cevadaria f. Repartição por onde se forneciam as forragens
                  para as cavalgaduras da casa real.¦A mesma casa, armazém
                  ou celeiro, onde se distribuía e recebia a cevada para
                  as mesmas bestas.
                Cevadeira f. Espécie de saco, em que se deita cevada ou outro
                  qualquer grão, e se suspende no focinho da cavalgadura para
                  ela comer, quando não há manjedoura.
                Chabraque m. Espécie de teliz ou xairel, que cobre a
                  anca do cavalo e os coldres. O m. q. xabraque.
                Chaça. Fazer (o cavalo) chaça: empinar-se, andar firmado
                  somente nos pés, levantando as mãos.
                Chalante m. Negociante de cavalos ou mulas, com pouco ou nenhum
                  escrúpulo
                  nas transacções.
                Chambrié m. Chicote comprido e leve, usado por picadores
                  para domar potros.
                Chanfro m. No cavalo, depressão ao lado da cana do nariz. 
                Chapear v. tr. Ferrar cavalos.
                Chaquéu m. Certa maneira de esporear o cavalo.
                Charroa f. Remate de trança de coiro, para chicote ou rédea. 
                Chetá! interj. Voz para mandar parar as bestas.
                Chora m. (de Shore, antropónimo). Carro de tracção
                  animal para transporte colectivo, usado em Lisboa nos finais do século
                  XIX e princípios do século XX. O m. q. americano.
                Choronas f. pl. Esporas de ferro de grandes rosetas, usadas pelos domadores.
                Choutão adj. Diz-se do cavalo que anda de chouto.
                Choutar ou choutear v. Andar de chouto.¦2. Acompanhar (o lacaio)
                  o senhor em cavalo choutão.
                Chouto m. Certo andar dos cavalos e bestas muares, aos solavancos,
                  espécie de trote miúdo e sacudido, que muito
                  molesta o cavaleiro.
                  Cilha f. Faixa ou correia de tecido ou correia larga que passa por
                  baixo da barriga do animal para segurar a sela ou a carga.
                Cingigola f. Correia que faz parte da cabeçada. O m.
                  q. cisgola.
                Cirata f. Ant. Aba de sala.¦2. Espécie de xairel
                  ou teliz.
                Cisgola f. Correia que faz parte da cabeçada e se prende com
                  fivela aquém da gorja, em relação ao cavaleiro.
                  O m. q. cingigola.
                Clina m. O m. q. crina. («O vento levou-lhe as clinas para a
                  frente», «O ódio das vilas», Aldeia
                  Nova, Manuel da Fonseca.)
                Coalhar v. Alquil. Atingir o cavalo completo desenvolvimento.
                Coalheira f. Peça de arreios que se coloca no pescoço
                  dos animais de tiro e à qual se penduram os tirantes;
                  molhelha.
                Cobrição f. Cópula de animais quadrúpedes.
                Cocar m. Laços e rosetas com que se enfeitam os cavalos.
                Codilheira f. Tumor na ponta do codilho.
                Codilho m. Veter. Articulação superior dos membros
                  dianteiros dos cavalos.
                Coelheira f. Parte dos arreios dos cavalos de tiro que ajusta
                  no pescoço,
                  e onde prendem os tirantes; coalheira; colheira.
                Coice de égua não mata cavalo, prov.
                Cola f. Peça dos antigos arneses dos cavalos acobertados.¦Provinc.
                  alent. Crina do pescoço dos equídeos.
                Colheira f. Provinc. Espécie de almofada de palha, em volta
                  do pescoço das bestas de tiro, sobre a qual assenta
                  o furcate. 
                Colhudo m. Cavalo não castrado.
                Colmilho m. Nos cavalos e nos porcos é o mesmo que dente,
                  que em outros animais se diz presa e fica entre os incisivos
                  e os molares.
                Colmilhoso ou colmilhudo adj. Que tem grandes colmilhos.
                Columim m. Dente que nasce nos animais cavalares de cinco anos.
                Compostura f. Acto de preparar o cavalo para corridas.
                Concentração f. Encurtamento dos andamentos do cavalo
                  através de um contacto suave com as rédeas e de uma pressão
                  permanente das pernas do cavaleiro que provocam a flexão do
                  pescoço, a descontracção da maxila e a entrada
                  dos posteriores debaixo da massa com intuito de melhorar o equilíbrio.
                Congoxas f. pl. Comichão ou cócegas que alguns
                  cavalos sentem quando se lhes apertam as cilhas
                Congoxeiro m. Cavalo que manifesta congoxas.
                Contramarca f. Escavação que fazem os alquiladores nos
                  dentes dos cavalos cerrados para figurar que têm menos
                  idade.
                Copete m. Passador por onde entram os talões na espora.
                Copos m. pl. Ornatos de metal que guarnecem as extremidades do bucal
                  do freio.
                Corcel m. (do francês coursier: «Cheval à fière
                  allure qu'on lançait autrefois dans les tournois ou dans la
                  bataille.») Cavalo corredor. É vocábulo de uso
                  quase exclusivamente literário.
                Corcovo m. Salto da cavalgadura curvando o dorso.
                Cordíaca f. Veter. Doença do coração
                  dos cavalos.
                Cornicho m. Rabicho da albarda.
                Coroa f. Vet. Região imediata ao casco. 
                Correão m. Correia larga e grossa que serve para alçar
                  ou levantar a caixa do coche e sustentá-la.
                Correeiro m. Aquele que faz ou vende correias ou outras obras de couro,
                  como arreios, malas, etc.
                Cortadeira f. Peça de metal curva e dentada que se aplica no
                  focinho das cavalgaduras e de cujas extremidades parte uma das rédeas
                  que firmam o governo.
                Corveta f. Salto em que o cavalo recua até levantar os membros
                  anteriores do chão e depois salta várias vezes
                  diante sobre os posteriores.
                Coscojas f. pl. Peça da sela estardiota.
                Coscós m. Bras. Roseta de ferro que se suspende do freio do
                  cavalo para fazer bulha quando o cavalo move a língua.
                Cossoiro m. Roseta de espora.
                Costal m. Saco próprio para ser conduzido às costas
                  de um homem ou de uma cavalgadura.
                Costaneira f. Parte lateral das cangalhas.
                Costela f. Espécie de armadilha para pássaros, feita
                  de uma costela de cavalo, com uma torcida em tábua estreita.
                Coto m. Sabugo do rabo do cavalo.
                Couce m. Pancada que as bestas dão com um ou ambos os pés
                  sacudindo-os para trás.
                Coucear v. Dar couces.
                Coucinhar v. Escoucinhar.
                Coudel m. Antigo cargo militar, especialmente capitão
                de besteiros e de cavalaria.
                Coudelaria f. Ofício de coudel.¦2. O censo e rol dos
                  acontiados em cavalo, e obrigados a servir na guerra, e se diziam acontiados
                  em cavalo.¦3. Estabelecimento, em geral do Estado, de criação
                  de cavalos com fim de apurar, ou conservar ar raças;
                  caudelaria.
                Coudelaria de Alter. «Foi em 1748, no reinado de D. João
                  V, e por impulso do então príncipe D. José, que
                  foi fundada a Coudelaria Real de Alter, na Coutada do Arneiro. Após
                  a morte de seu pai, D. José imprimiu grande dinâmica à criação
                  de cavalos através da introdução de 45 éguas
                  andaluzes, que permitiu o apuramento da raça. Em 1801, o cavalo
                  Alter Real entrou em declínio devido à inclusão
                  nas manadas de éguas francesas, que lhe causaram uma diminuição
                  de corpulência e pujança. Só 30 anos mais tarde
                  se iniciou a recuperação com a introdução
                  de cavalos árabes e andaluzes.» Única,
                  17.09.2005
                Coudélico adj. Relativo a coudelaria. 
                Côvedo m. Ant. Cotovelo; joelheira de besta.
                Coxeira f. Manqueira de animais; coxeadura.
                Coxia f. Espaço que cada cavalo ocupa na cavalariça,
                  preso à manjedoura.
                Coxim m. Parte da sela em que se senta o cavaleiro, também
                  chamada galapo.
                Coxinilho m. Pano de lã preta, que se põe sobre
                  a sela para comodidade do cavaleiro.
                Cravadura f. Veter. Ferimento produzido pela implantação
                  de um cravo nos tecidos sensíveis do pé do solípede.
                Craveira f. Buraco da ferradura por onde entra o cravo.
                Cravo m. Prego de cabeça estreita, especialmente dos que
                  se usam nas ferraduras. 
                Cremosa adj. Diz-se da estomatite dos cavalos e dos bois.
                Crescente m. Diz-se do cavalo de pequena talha que parece maior depois
                  de montado.
                Crina f. Pêlos compridos e flexíveis, no pescoço
                  e cauda do cavalo e de outros animais.
                Crinalvo adj. Diz-se do cavalo que tem a crina mais clara que
                  os outros pêlos do corpo.
                Crineira f. Crina, a parte do pescoço do cavalo onde
                  existem crinas.
                Crinudo adj. Diz-se dos animais que tem crinas bastas.
                Crista f. Posição airosa e elevada da cabeça
                  do cavalo.
                Croupade (garupada): um ar alto em que o cavalo recua e depois salta
                  para o ar com os posteriores debaixo da barriga.
                Cruz f. O ponto em que fazem junção o pescoço
                  e as espáduas de certos animais (boi, cavalo, etc.).
                Cruzado português loc. Cavalo sem raça definida. «Destes
                  [dos cerca de 100 mil cavalos registados pelo SNC em Portugal], a esmagadora
                  maioria não corresponde a nenhuma raça definida, são
                  os chamados “cruzados portugueses” — um simpático eufemismo
                  para rafeiro», revista Sábado, 25.06.04.
                Cuera f. Matadura, cicatriz incurável ao lado do fio do lombo
                  dos cavalos, proveniente do mau uso dos arreios ou lombilhos; também
                  se chama unheira.
                Cuerudo adj. Diz-se da cavalgadura que sofre de cuera. 
                Culote f. Gal. Espécie de calção para montaria.
                Cúpula da Rocha. A Cúpula da Rocha [em Jerusalém]
                  foi construída pelo califa omíada Abd el-Malik entre
                  687 e 691, para proteger um dos locais mais sagrados do Islamismo,
                  a grande rocha calcária de forma irregular a partir da qual
                  Maomé teria levantado voo, uma noite, para alcançar o
                  paraíso montado numa égua alada.
                Curador m. Tratador de cavalos nas estrebarias das estalagens. 
                Curvaça f. Sobreosso, tumor abaixo da curva da perna, na parte
                  externa da extremidade superior da canela dos equídeos.
                Curvação f. Sobreosso, tumor abaixo da curva da perna,
                  na parte eterna da extremidade superior da canela dos equídeos.
                Curveta f. Curva, movimento do corpo do cavalo, quando levanta
                  e curva as mãos, baixando, ao mesmo tempo, a garupa.
                Curvetar ou curvetear v. Fazer, descrever curvas ou curvetas (o cavalo).
                Curveteio m. Acção de curvetear.
                Curvilhão m. Jarrete.
                Cutiano m. É um arreio grande com um casco em forma de canoa
                  que é preso ao animal por uma barrigueira. Por cima dele é colocado
                  um pelego (peça feita com pele de carneiro curtida com a lã),
                  um tapete de couro com bolsos laterais e fixados à sela e ao
                  cavalo por uma segunda barrigueira. Desta forma o cavaleiro terá conforto
                  e segurança para o trabalho no campo e durante as longas
                  viagens.
                Cutidura f. Saliência carnosa e circular, no bordo superior
                  do casco do cavalo; bordelete. 
                Cutuca m. Bras. Espécie de selim.
                Dar com os burros na água, exp. pop. 
                Daurina f. Veter. Tripanossomíase que ataca exclusivamente,
                  em condições naturais, o cavalo inteiro e o burro, a égua
                  e a burra.
                Degoladura f. Zoot. Depressão muito pronunciada que se nota
                  em alguns cavalos na reunião do pescoço com o garrote,
                  e que é vulgar no pescoço de cervo.
                Dentes m. A dentição completa de um cavalo consiste de
                  40 dentes: 12 incisivos, 4 caninos e 24 molares. As éguas não
                  têm os caninos, tendo apenas 36 dentes.
                Desainadura f. Doença nos cascos dos cavalos gordos
                  e muito folgados. 
                Desarar v. tr. Despregar-se (falando do casco das bestas).
                Desbaste m. O início do treino ou ensino de um cavalo novo,
                  para qualquer fim (o desbaste é sempre igual, não
                  importa para que modalidade o cavalo vai servir).
                Desavagar v. Arrancar (a ferradura), depois de se lhe cortarem os rebites. 
                Despenque m. Acção de lançar-se a galope;
                  disparada em correria.
                Despontilhado adj. Diz-se do casco dos solípedes que tem falhas
                  ou desigualdades no bordo inferior da pata, por eliminação
                  acidental de porções de substância córnea.
                Desselar v. Tirar a sela a cavalgaduras. 
                Dessocado adj. Bras. Diz-see do cavalo que sofreu a operação
                  de sessocar.
                Dessocar v. tr. Bras. Fazer incisões nos tendões de certos
                  músculos dos membros dos cavalos matreiros, com o fim
                  de lhes dificultar a corrida.
                Destopeado adj. Que não tem topete (diz-se especialmente
                  do cavalo).
                Desultor ou dessultor m. Cavaleiro romano que guiava dois cavalos
                  e nos jogos públicos do circo saltava de um para o outro.
                Dormir de pé como os cavalos. De facto, devido à conformação
                  dos seus ligamentos e tendões, os cavalos podem dormir de pé.
                  Em média, um cavalo dorme sete horas por dia.
                Dorso (frio): quando um cavalo reage à colocação
                  do arreio sobre o dorso, quando ainda não fez o aquecimento,
                  ainda não começou a trabalhar.
                Dorso (selado): frequente nos cavalos velhos, em que o dorso apresenta
                  uma concavidade entre o garrote e a garupa.
                Dressage: a) A arte de ensinar um cavalo a executar todos os
                  movimentos de forma equilibrada, ligeira, obediente e cadenciada;
                  b) uma modalidade
                  por si só ou a primeira fase de um concurso completo de equitação. «Durante
                  o evento [Festival Internacional do Cavalo Puro-Sangue Lusitano, em
                  Samora Correia], destacam-se as provas de modelo e andamentos, equitação à portuguesa,
                  equitação de trabalho e dressage», DN,
                  16.06.2004.
                Efípia f. Espécie de sela de lã que os
                  Godos haviam imitado da cavalaria romana.
                Efípio m. Designação que também é dada à sela
                  turca.
É gua de ventre: égua usada para reprodução (criação).
  Eguada f. Manada de éguas.
                Em barda loc. adv. Armadura que cobria o cavalo.
                Embarrancado adj. Descrição do cavalo que se espoja dentro
                  da boxe e que depois não se consegue levantar.
                Embocadura f. A parte do freio que entra na boca da besta.
                  Embocadura: Normalmente de metal ou de borracha, coloca-se
                  na boca do cavalo
                  (sobre a língua) para regular a posição da sua cabeça
                  e para ajudar a controlar o andamento e a direcção. A
                  embocadura é manipulada através das rédeas. 
                Embornal m. Saco em que se dá a ração às
                  bestas e se lhes prende ao pescoço; cevadeira.
                Embridar v. Sujeitar, meter o bridão na boca do cavalo.
                Empoita f. Provinc. trans. Burzigada, panelada de batatas com farelo,
                  para os cavalos.
                Encabestadura f. Veter. Ferida da quartela das cavalgaduras, produzida
                  por atrito de cabrestos, cordas, etc.
                Encabritar v. Empinar-se, alçar-se, levantar-se sobre as patas
                  traseiras (diz-se dos cavalos e, por ext., de outros quadrúpedes). 
                Encalhos m. pl. Parte da ferradura em que o casco repousa.
                Encambitar v. Bras. Levantar a cauda durante a marcha (o cavalo).
                Encamboar v. Amarrar junto pelo pescoço (dois cavalos).
                Encasteladura f. Veter. Dor violenta nos cascos das mãos
                  dos cavalos.
                Encavalgar v. Montar o cavalo ou outro animal de sela; pôr montada
                  em. («Decorridos seis anos, estava eu na Foz, e vi de relance
                  o bizarro Leonardo Capela encavalgando um cavalo preto, e dando upas
                  inglesas no selim.» (Camilo Castelo Branco, Memórias do
                  Cárcere)
                Encavaloar v. Saltar como os cavalos.
                Enchapinhado adj. Diz-se dos cascos muito endurecidos e defeituosos,
                  nas cavalgaduras.
                Encilhar v. Arrear (a besta).
                Encontro m. A parte do casco do cavalo entre os talões e a pinça.
                Encontros m. pl. As espáduas do cavalo.
                Encravadura f. Cravos de ferradura.¦2. Ferimento produzido
                  pelos cravos da ferradura.
                Encravar v. Ferir ou magoar com os cravos (o pé da besta).
                Encravo m. Ferimento produzido pelo cravo da ferradura; encravadura.
                Engalar v. Levantar (o pescoço), arqueando (falando-se
                do cavalo).
                Engarela f. Provinc. Utensílios, de ferro ou de madeira,
                  que se colocam em cima de albardas para neles se meterem vasilhas.
                Engargantar v. Introduzir o pé no estribo até ao peito
                  do pé.
                Engarupar v. Montar na garupa.
                Engate m. Conjunto de peças com que se engatam cavalos aos veículos,
                  carros, carruagens de um comboio, dos eléctricos, etc.
                Enleia f. Corda delgada, com que se atam objectos que devem formar
                  a carga das bestas. 
                Enquartado adj. Diz-se do animal vacum ou cavalar que tem os
                  quartos fortes e bem providos de carne ou de músculo.
                Enquerida f. Cada um dos dois sacos ou feixes que, ligados
                  por cordame, se carregam na cavalgadura, ficando um a um lado
                  e outro
                  a outro,
                  para equilíbrio da carga.
                Enquerideira ou enquirideira f. Corda que liga os dois volumes das
                  cangalhas.
                Ensaucado adj. Diz-se da craveira da ferradura, quando aberta muito
                  afastada do bordo externo.
                Enselado adj. Diz-se do cavalo cujo dorso apresenta uma curvatura muito
                  profunda.
                Entaloado adj. Diz-se da ferradura que é mais alta no talão.
                Entrecasco m. Parte superior do casco dos animais.
                Entre-cilhas f. pl. Parte do cavalo entre as cilhas e o sovaco. 
                Entreolhos m. pl. Peça que se coloca na cabeça do animal
                  que puxa à nora; tapa-olhos.
                Entrepelado adj. Diz-se do cavalo que tem pêlo de três
                  cores: preto, branco e vermelho.
                Enxaca f. Cada um dos lados do seirão, que se põem
                  em bestas de carga.
                Enxalmar v. Cobrir com enxalmo ou manta.
                Enxalmo m. Tudo quanto se põe na albarda para segurar a carga.¦2.
                  Espécie de manta que se põe em cima da albarda. 
                Eohippus m. (do grego eo, aurora, e hippus, cavalo). O esqueleto
                  do Eohippus foi descoberto em 1967 no Sul dos Estados Unidos,
                  mas sabe-se
                  que também viveu na Europa. É o antepassado das três
                  espécies equinas que existem actualmente: cavalo (Equus caballus),
                  asno (Equus asinus) e zebra (Equus zebra). Media apenas 25 centímetros
                  de altura, o tamanho de uma raposa, aproximadamente, e tinha dedos,
                  quatro nas patas da frente e três nas de trás, e a pelagem
                  era listada ou mosqueada. Com a evolução, aumentou de
                  tamanho e os dedos diminuíram até se tornarem
                  cascos.
                Equícola m. Tratador de cavalos.
                Equitação f. Arte de cavalgar.
                Equus caballus. Antepassado directo do cavalo, terá surgido
                  há «apenas» um milhão de anos. Com a Idade
                  do Gelo, viajou das Américas até à Europa e daí para
                  a Ásia.
                Escapadela f. Acção do cavalo, quando se encabrita
                  e se recusa a obedecer ao cavaleiro.
                Escarça f. Veter. Doença no casco do cavalo.
                Escarçar v. Ter a cavalgadura escarça.
                Escarceador adj. Diz-se do cavalo que escarceia.
                Escarva f. Lesão nos cascos dos equídeos.
                Escarvar v. Cavar superficialmente (como o cavalo com as patas, ou
                  a chuva batendo na terra solta).
                Escola Portuguesa de Arte Equestre: é a sequência do que
                  foi a Picaria Real, academia equestre da Corte portuguesa encerrada
                  no século passado, mas não extintos o seu ensinamento
                  e tradição que nunca deixaram de influenciar a maneira
                  de montar em Portugal. Por outro lado, e devido à prática,
                  nunca interrompida, do toureio equestre, foi conservado até hoje
                  o mesmo tipo de cavalo utilizado no século XVIII, bem como a
                  mesma equitação, as mesmas selas e os mesmos trajes.
                  Tudo isto constitui um património cultural equestre único
                  no mundo. A Escola Portuguesa de Arte Equestre destina-se a conservar
                  e a dar a conhecer este património e também a prática,
                  divulgação e ensino da Arte Equestre de tão antigas
                  e brilhantes tradições em Portugal. Os cavalos utilizados
                  na EPAE são Lusitanos da antiga coudelaria Real de Alter fundada
                  em 1748 por D. João V.
                Escorriça f. Provin. trans. Corrida desordenada a cavalo, até esfalfar
                  o animal.
                Escrapetear v. Obrigar a dar repetidas voltas (o cavalo).
                Esfavelar v. Ant. Arrancar as favelas ao cavalo.
                Esfriamento m. Alv. Doença de alguns animais, principalmente
                  dos cavalos.
                Esgoldrejar v. Agitar (as vísceras) indo num cavalo
                  a chouto.
                Eslabão m. Tumor nos joelhos das cavalgaduras.
                Espádua f. A parte mais elevada dos membros anteriores dos quadrúpedes.
                Espaldeta f. Acto de voltar o ombro, torcendo o corpo na sela.
                Esparavão m. Veter. Tumor por baixo da curva da perna
                do cavalo.
                Espenda f. Parte da sela em que assenta a coxa; aba.
                Espora f. Instrumento de metal, munido de roseta espinhosa, que
                  e adapta à parte
                  posterior do calçado do cavaleiro e que, picando o flanco
                  da montada, faz que esta ande ou acelere o movimento.
                Esporeto m. Espécie de esporim, sem roseta, que servia para
                  livrar da lama a orla inferior das calças.
                Esporim m. Espora pequena.
                Espotrear ou espotrejar v. Domar, ensinar potros, cavalos.
                Espravão m. Tumor do cavalo.
                Esquartejamento m. Antigo suplício que consistia em prender
                  um cavalo a cada um dos pés e a cada um dos braços do
                  condenado em direcções opostas até se
                  separarem do tronco os membros do supliciado.
                Estábulo m. Edifício onde se abrigam ou prendem
                  os cavalos.
                Estábulos de Piber. (Piber e Köflach, Estíria, Áustria).
                  Os Bundesgestüt Piber (estábulos de Piber) funcionam desde
                  1920, estando actualmente dependentes do Ministério da Agricultura.
                  Todos os anos nascem quarenta potros, dos quais apenas cerca de cinco
                  têm a altura e as características para serem enviados
                  para a Escola de Equitação Espanhola (Spanische Reitschule)
                  em Viena, para o seu treino de cinco anos. Os potros nascem escuros
                  e demoram cinco a doze anos a adquirir a sua peculiar cor branca. As
                  visitas saem quando estiveram reunidas suficientes pessoas interessadas
                  (não demora muito). Os visitantes vêem um filme e as exposições
                  do museu; depois visitam os estábulos para conhecer alguns dos
                  seus equinos residentes. Para chegar às cavalariças a
                  partir da estação de Köflach sobe-se por Bahnhofstrasse,
                  vira-se à direita em Hauptplatz (300 m) e depois à esquerda
                  durante 3 quilómetros por Piberstrasse (indicado).
                Estaca f. Equit. Membro aprumado do cavalo.
                Estardiota f. Forma de montar, em que o cavaleiro estica as pernas
                  firmando-se nos estribos; é a forma de montar oposta à de
                  gineta.
                Estazamento m. Acto ou efeito de estazar.
                Estazar v. Fatigar, esfalfar (o cavalo ou outro animal).
                Estevado adj. Diz-se do cavalo cujos cascos assentam obliquamente,
                  voltando os lumes para dentro.
                Estofo m. Equit. Grossura do tronco do cavalo.
                Estoposo adj. Diz-se do casco dos solípedes quando volumoso
                  ou em desproporção com as outras partes do corpo.
                Estrangulho m. Ant. Tumor na cabeça do cavalo.
                Estrabaria f. Curral; cavalaria; lugar em que se recolhem bestas, estribos
                  e outros arreios.
                Estrepadura f. Inchaço nos membros do cavalo.
                Estrevaria f. Ant. O m. q. estrebaria.
                Estreleiro adj. Diz-se do cavalo que levanta muito a cabeça.
                Estribar v. Descansar, pôr, introduzir nos estribos.¦ Por
                  ext. Montar.
                Estribeira f. Estribo usado na forma de montar à gineta.
                Estribeiro m. Moço que tem a seu cargo o cuidado da cavalariça,
                  dos cavalos, dos arreios, das carruagens, etc.
                  Estribo m. Peça em que o cavaleiro mete o pé quando
                  cavalga. 
                Estribo de caixa loc. Estribo, habitualmente de madeira e ferro,
                  fechado, usado especialmente pelos campinos, pelos cavaleiros
                  tauromáquicos
                  e em jogos equestres.
                Estugarda. Estugarda deve o nome a uma herdade de criação
                  de cavalos (Stutengarten) de que já havia registo no século
                  X. 
                Fábrica f. Cavalo do serviço de campo, pertencente à fazenda
                  em que serve.
                Façalvo adj. Diz-se do cavalo que tem um ou ambos os lados da
                  cabeça brancos.
                Facané m. Ant. Cavalo pequeno.
                Faceira f. A tira de cabedal da cabeçada que está ligada à argola
                  do bridão numa ponta e à cachaceira no outro
                  ponto.
                Falsa-rédea f. Correia que prende a cabeçada
                  ao peitoral do cavalo.
                Fantil adj. Diz-se do cavalo de boa raça e boa altura.¦2.
                  Diz-se da égua que não trabalha e produz boas
                  crias. 
                Faraz m. Ant. Moço de estrebaria, na antiga Índia
                  Portuguesa.
                Farcino m. Veter. Doença dos cavalos e das bestas muares, que é apenas
                  manifestação exterior do mormo.¦Obs. Trata-se
                  de galicismo que pode ser substituído vantajosamente por laparão.
                Fatilho m. Prov. alent. Espécie de almofada circular que se
                  põe no pescoço das bestas. O m. q. bornil.
                Feno m. Erva cortada e seca que serve de alimento aos cavalos
                  que não
                  têm acesso à pastagem.
                Ferrador m. Indivíduo que tem o ofício de pôr
                  ferraduras nos animais.
                Ferradura f. Peça de metal moldada de forma a assentar perfeitamente
                  sob os cascos e que aí é pregada e que serve para proteger
                  e para aumentar a aderência do cavalo ao chão. As ferraduras
                  começaram a usar-se na Europa por volta do ano 900 da
                  nossa era.
                Ferrar v. Colocar as ferraduras ao cavalo.
                Ferrejo m. Erva para pasto, o m. q. ferrã.
                Ferro de cascos: ferramenta de limpeza usada para retirar a sujidade
                  que fica compactada dentro da cavidade do casco do cavalo.
                Flame m. Espécie de lanceta para sangrar cavalos. 
                Flete m. Bras. do S. Cavalo bom e de boa estampa, e com luxo.
                Floreio m. Bras. Exercício a que se sujeita um cavalo
                de corridas.
                Focinheira f. Correia que faz parte da cabeçada, por cima das
                  ventas do animal. Aperta o focinho do cavalo impedindo-o de abrir demasiado
                  a boca, feita de cabedal e peça independente da cabeçada,
                  que normalmente aperta por cima da embocadura. 
                Fole m. Passadeira de couro, nos arreios dos muares de diligências.
                Folhão m. Cavalo que tem folhos no casco.
                Folho m. Excrescência no casco dos animais. 
                Fonte f. Vet. Região da cabeça dos quadrúpedes
                  que tem por base anatómica a articulação têmpora-maxilar
                  e é circundada pela fronte, orelha, olhos e face.
                Formigo m. Doença dos cascos do cavalo, o m. q. formigueiro.
                Formiguilho m. Doença no casco do cavalo. 
                Foróia f. Bras. do N. Égua velha.
                Forqueta f. Vet. O m. q. ranilha.
                Fouveiro adj. Castanho-claro, malhado de branco e quase ruivo,
                  diz-se especialmente dos cavalos de cor castanha (ou alazão), cereja,
                  estrela, cordão e beta, calçado do trípede
                  anterior esquerdo e crinalvo.
                Francalete m. Correia afivelada que segura ao arção
                  o coldre das selas de cavalaria.
                Freeiro m. Fabricante de freios.
                Freio m. Conjunto das peças de ferro e correias que servem para
                  bridar um cavalo e, particularmente, peça que se coloca
                  na boca da cavalgadura, para a dirigir.
                Frente f. Quartos dianteiros do cavalo, em equitação.
                Fronteaberto adj. Diz-se do cavalo que tem malha branca na testa, de
                  alto a baixo.
                Frontino adj. O m. q. fronteaberto. 
                Fuá adj. Bras. Diz-se do cavalo espantadiço e manhoso.
                Furcate m. Espécie de colar de madeira nas bestas de tiro.
                Furta f. Equit. Salto para um lado. 
                Furta-moça adj. 2 gén. Bras. Diz-se do cavalo sem
                  ferradura.
                Furta-passo m. Certa andadura muito defeituosa do cavalo, cómoda
                  para o cavaleiro, na qual o animal galopa com as extremidades anteriores
                  e trota ou vai em andadura com o terço posterior.
                Gabarro m. Apostema que ataca os pés dos cavalos e dos
                  bois. 
                Gadiçar v. tr. prov. Tornar gadiço, domável;
                  domar cavalos.
                Gadiço adj. Que foi domado; habituado a ser montando
                  (o cavalo).
                Gaiado adj. Diz-se do cavalo que tem gaias ou redemoinhos nos
                  pêlos
                  do peito.
                Gaias f. pl. Redemoinho de pêlos no peito do cavalo.
                Gaio m. Gíria. Cavalo.
                Galão m. Salto ou corcovo que o cavalo dá erguendo as
                  mãos e enovelando-se. 
                Galápago m. Vet. Úlcera na coroa do casco dos solípedes,
                  também chamada mal-de-burro, por ser mais frequente nos animais
                  desta espécie, e que consiste na presença de gretas transversais
                  na taipa, pinça e ombros, e ainda, embora mais raramente, nos
                  talões.
                Galapo m. Almofada da sela do cavalo.
                Galispo adj. Prov. alent. Diz-se do burro, do cavalo ou boi com
                  um só testículo.
                Gamarra f. Parte do arreio de atrelagem ou de tiro. É um instrumento
                  utilizado para limitar a altura a que o cavalo levanta a cabeça.
                  Pode ser fixa (da cilha até à focinheira) ou de argolas
                  (da cilha às rédeas, com uma bifurcação
                  de onde parte uma tira na direcção de cada rédea
                  onde prendem com argolas de metal).
                Gamarrilha f. Parte do arreio dos cavalos de atrelagem ou de tiro.
                Ganacha f. Maxila inferior do cavalo.
                Ganachado adj. Que tem ganachas grossas.
                Garanhão m. Cavalo inteiro usado para reprodução.
                Garra f. Arreios velhos e grosseiros.
                Garrancho m. Doença nos cascos das bestas.
                Garrano m. Cavalo pequeno, mas robusto. «Já o Garrano,
                  uma espécie de pónei, está a tornar-se popular
                  na iniciação de crianças à equitação
                  e não custa mais de 200 a 500 euros», revista Sábado,
                  25.06.04. «A segunda, que o Gerês ainda conserva grande
                  parte das suas coisas raras ou únicas, como são aquela
                  espécie de paisagem lunar situada à esquerda de quem
                  se desloca de Covide para Rio Caldo, os garranos selvagens (equus caballus),
                  os lobos, o corço, as águias real, calçada e de
                  asa redonda e a geira (estrada) romana com toda a história do
                  império dos Césares», Tempo Livre, Julho
                  de 2004.
                Garrão m. Nervo da perna do animal cavalar.
                Garrote m. A parte compreendida entre o dorso e o pescoço da
                  besta. Corresponde ao ponto mais alto do corpo do cavalo quando este
                  tem o pescoço descido.
                Garupa f. Parte superior dos quartos traseiros de certos quadrúpedes,
                  especialmente das cavalgaduras.
                Garupada f. Salto dado pela cavalgadura, sem mostrar as ferraduras.
                Garupeira f. Tiras fixadas ao traseiro da sela para amarrar objectos. 
                Gastalho m. Burro fraco.
                Gavarro m. Tumor dos membros dos solípedes que provoca dor e,
                  consequentemente, claudicação mais ou menos intensa,
                  consoante a localização e a intensidade do processo inflamatório.
                Gavião m. Cada um dos últimos dentes da maxila superior
                  do cavalo.¦2. Parte do freio da estribeira.¦Adj.
                  Diz-se do cavalo arisco.
                Gestação: período entra a concepção
                  e o parto (cerca de 11 meses).
                Gineta f. Sistema de equitação de estribo curto, arções
                  altos e freio apropriado.
                Ginete m. Cavalo de boa raça, pequeno, mas bem proporcionado.
                Ginja f. Veter. Carnosidade no pé da besta.
                Glandagem f. Veter. Nome por que vulgarmente se designam os ademites.
                Glossantraz m. Carbúnculo dos cavalos, que se lhes desenvolve
                  principalmente na língua.
                Gorja f. Pescoço.
                Governo m. Acção de dirigir, de guiar uma cavalgadura,
                  um veículo ou outro aparelho que se move.
                Gradário adj. Diz-se do cavalo que anda a passo.
                Gramadeira f. Gancho que se usa nas estrebarias, para puxar a palha
                  para as manjedouras. 
                Grane m. Gír. Cavalo.
                Grani m. Gír. Égua.
                Grapa f. Veter. Ferida na parte dianteira da curva e na traseira
                  dos braços das bestas. 
                Graste m. Gír. Cavalo.
                Gravancelo m. Tumor ossificado; o m. q. esparavão.
                Gravanço m. Esparavão, gravancelo seco; gravanzudo.
                Gravanzudo adj. Diz-se de um esparavão ou tumor; gravanço.
                Gravata de jumento é chocalho, prov.
                Grelha f. Cavalo magro e ordinário.
                Gretas f. pl. Fendas na prega dos joelhos das cavalgaduras
                  e que lhes dificultam as articulações.
                Gualdrapa f. Espécie de xairel, que se põe debaixo
                  da sela.
                Guarnição f. Parte da ferradura que sai do bordo
                  do casco do cavalo.
                Guarnicioneiro m. Ant. Oficial mecânico da casa real encarregado
                  de fazer as guarnições dos coches, arreios, etc.
                Guarro m. Doença de cavalos, produzida por ferro, osso ou qualquer
                  outro objecto, que se lhe crava nas mãos.
                Guia f. Cada uma das rédeas compridas que o cocheiro segura
                  na mão e com que governa o ou os animais atrelados. 
                Guincha f. Bras. do Sul. Égua nova.
                Guinda f. Gír. Burra, jumenta.
                Guinilha m. Bras. Andadura ligeira e sacudida do cavalo.
                Guizeira f. Correia em que se prendem os guizos em volta do pescoço
                  do animal.
                Gurma f. Veter. Doença que ataca sobretudo os potros durante
                  a dentição. 
                Habena f. Poét. Rédea de cavalo; açoute;
                  chicote.
                Hacaneia f. Cavalgadura bem proporcionada, mansa e em que outrora montavam
                  mulheres.
                Haras m. pl. Propriedade rural especializada na criação
                  de cavalos de raça.
                Hechor m. Bras. Diz-se do burro que se reserva para fecundar éguas,
                  destinadas à criação de mulas.
                Hemíono m. Quadrúpede asiático que se
                  assemelha ao burro e ao cavalo. 
                Hilário m. Traficante de cavalos.
                Him m. Voz onomatopaica que interpreta o rincho da mula.
                Hipíscafo m. Embarcação, destinada especialmente
                  ao transporte de cavalos.
                Hipódromo m. «Com 330 dias de corridas por ano e 27 hipódromos,
                  o preço médio de um cavalo de corrida na Irlanda, país
                  com a mais desenvolvida indústria do turf, ronda os 17 mil euros»,
                  revista Sábado, 25.06.04.
                Hipófago m. e adj. Que ou aquele que come carne de cavalo.
                Hipomóvel adj. 2. gén. Que se move por meio de cavalo,
                  por oposição a automóvel.¦2. Mil. Diz-se
                  da viatura puxada por solípedes.
                Hipotecnia f. Ciência do ensino do cavalo. 
                Hipoterapia f. É uma terapêutica alternativa, com recurso
                  a cavalos, para pessoas com necessidades especiais, usada no tratamento
                  de problemas físicos e mentais.
                Horsa f. Cavalo ou égua muito grande, de raça
                  inglesa.
                Horseball m. «Horseball, o râguebi a galope. No final dos
                  anos 70 o francês Jean-Paul Depons, jogador de râguebi
                  e treinador de equitação, não se conformou com
                  o facto e não existir uma modalidade que unisse as suas grandes
                  paixões. Imaginou então o horseball.[…] Duas equipas
                  mistas, de quatro jogadores a cavalo e dois suplentes, disputam uma
                  bola que circula pelas suas mãos. O objectivo é fazer
                  entre cada equipa três passes, sem que a bola caia ao chão
                  ou seja interceptada pelos adversários, e finalizar com um golo.
                  A vitória pertence à equipa que marcar o maior número
                  de golos. […] Em 1988 o horseball foi visto pela primeira vez em Portugal,
                  numa demonstração entre duas equipas francesas, na Feira
                  da Golegã», Pública, 25.07.2004. 
                Huérfago m. Vet. Doença de cavalo.
                Hunter m. Tipo de cavalo criado e treinado para as caçadas.
                Ilhal m. («— Pois vai, que eu, chegando ao cimo da rua, enterro
                  as esporas nos ilhais do macho — respondeu ele, com as cores ainda
                  quebradas.» Memórias do Cárcere, Camilo
                  Castelo Branco.)
                Incitatus m. Cavalo do imperador romano Calígula que tinha cavalariças
                  de mármore, manjedoura de marfim, cabresto de pérolas
                  e mantas de púrpura. Um número grande de empregados cuidava
                  dele permanentemente, e tinha para servi-lo até um secretário!
                Isabel adj. Diz-se do cavalo de cor entre amarelo e branco.
                Jaez m. Aparelho, adorno de cavalgaduras. 
                Jape m. Gír. bras. Cavalo. Também se diz jupe.
                Jarrete m. Parte do membro inferior situado atrás da articulação
                  do joelho e em que se dá a flexão da perna; o m. q. curvilhão.¦2.
                  Tendão da perna dos quadrúpedes. 
                Jegue m. Bras. da Baía. Mulo; jumento.
                Jerico m. Burro, jumento, asno.
                Jericocim m. Ant. Asno.
                Jerónima f. Sela usada outrora pelas mulheres em S. Paulo. 
                Joelheira f. Envoltório de cabedal que cobre os joelhos
                  das bestas.
                Jóquei m. «Os jóqueis são pesados antes
                  e depois [das corridas]», revista Sábado, 25.06.04.
                Juguleira f. Veter. Depressão que se observa nas faces laterais
                  do pescoço dos solípedes. 
                Jumardo m. Animal imaginário, que se diz resultante do ajuntamento
                  de touro com égua ou burra ou de vaca e burro.
                Ladriço m. Corda que prende ao travão o pé do
                  cavalo.
                Laminite f. Inflamação muito dolorosa dos tecidos moles
                  (lâminas) no interior dos cascos do cavalo. O m. q. aguamento.
                Lança f. Cabeçalho, temão do carro, de cada lado
                  do qual vão atrelados os animais de tiro.
                Lançarote m. Indivíduo que auxilia o cavalo no acto da
                  padreação.
                Lanço m. Equit. Acto de o cavalo se apoiar sobre os pés.
                Lândoa f. Doença na boca do cavalo.
                Lascarim m. Cavalo que faz filetes.
                Lazão adj. Tipo de pelagem dos solípedes, do grupo das
                  pelagens simples uniformes, caracterizadas por possuírem uma
                  coloração amarelo-avermelhada, que varia extraordinariamente
                  desde o desbotado ao mais intenso; o m. q. alazão.
                Levada f. Pulo que a cavalgadura dá subitamente. 
                Libuno adj. Bras. Diz-se do cavalo que tem pêlo escuro e um tanto
                  acinzentado como o do lobo; também se diz lobuno.
                Ligal m. Bras. Couro cru de boi com que se cobre a carga das
                  bestas, a fim de a proteger contra a chuva; também se diz ligá. 
                Limpa-pé m. Espécie de raspador madeira ou de
                  metal com que se limpa o casco das bestas.
                Linfagite f. Inflamação dos vãos linfáticos.
                Lipizzaner Museum. O Lipizzaner Museum, junto ao Hofburg, centra
                  a sua temática nos cavalos lipizzanos, a Escola de Equitação
                  Espanhola (Spanische Reitschle) e as cavalariças (Bundesgestüt
                  Piber). O conteúdo é escasso. Os janelões dão
                  directamente para os estábulos, embora sejam obscurecidos
                  por um vidro grosso e uma malha fina.
                Livro de alveitaria de Mestre Giraldo, do século XIV.
                Loba f. Vet. Nome que se dá, vulgarmente, ao tumor carbunculoso,
                  quando localizado na região da espádua.
                Lombilho m. Bras. do Sul. A parte principal dos arreios que
                  pode substituir o selim; espécie de sela simples.
                  Loro m. A correia dupla que sustenta o estribo
                  e que está afivelada
                  ao selim.
                Lume m. Parte anterior do casco dos solípedes.
                Lusitano m. Raça de cavalos portuguesa. «O preço
                  de um Lusitano começa nos 5 mil euros e pode atingir valores
                  próximos dos cem mil, nos animais de excepção»,
                  revista Sábado, 25.06.04. «O actual cavalo Lusitano é o
                  ramo português daquele que foi célebre nos séculos
                  XVII e XVIII, com a designação de “Genet d’Espagne”,
                  por sua vez descendente dos melhores espécimes da antiguidade
                  grega, valorizados pelas pesadas linhagens do Império Romano.
                  Cruzas posteriores com exemplares de raças mouras deram-lhe
                  a sua forma definitiva, hoje tão valorizada em todo
                  o mundo.»
                Luva de crina: instrumento de limpeza utilizado para dar brilho
                  ao pelo do cavalo e que é feito de crinas de cavalos
                  ou de palha.
                Luzeiro m. Grande estrela no meio da testa do cavalo.
                Machinho m. Parte posterior da junta da quartela, nas cavalgaduras.
                Mais vale burro vivo que sábio morto, prov.
                Malacara adj. Diz-se do cavalo não escuro que tem malha branca
                  desde a parte anterior da cabeça até ao peito. 
                Malandra f. Vet. Ferida indolente que se manifesta, por vezes,
                  na face interna do joelho dos solípedes.
                Malandre m. Vet. Ferimento transversal na prega do joelho de uma cavalgadura.
                Maleca f. Provinc. O m. q. pileca.
                Manalvo adj. Diz-se do cavalo que tem manchas brancas nas mãos.
                Mandil m. Pano grosseiro com que se esfregam cavalgaduras quando
                  se escovam.¦2. Cavalo muito mandrião.¦3. Ant. Moço
                  de estrebaria.
                Mandrilho m. Membro genital do cavalo.
                Mangote m. Gancho, em que se apoiam os varais, dos lados dos cilhais.
                Manha de cavalo só o dono conhece, prov. 
                Manica f. Espécie de luva de couro que usam os sapateiros e
                  os correeiros para se não cortarem com o fio.
                Manjedoura f. Espécie de tabuleiro, em que se põe a palha
                  e o grão aos animais, nas estrebarias.
                  Manta f. Pano de lã que se põe
                  debaixo do selim das cavalgaduras.
                Manto m. Parte superior do corpo de alguns animais, quando ela pela
                  cor se distingue do resto do corpo.
                Mão f. («Campanelo faz estalar o chicote e o cavalo ganha
                  um trote bonito, fazendo luxo nos movimentos airosos das mãos
                  e da cabeça magra», «Viagem», Aldeia
                  Nova, Manuel da Fonseca.)
                Marchano m. Açor. Cavalo que tem sinal branco no ilhal. 
                Marel m. e adj. O m. q. padreador, macho inteiro.
                Marialva adj. 2 gén. Relativo às regras de cavalgar,
                  segundo o sistema instituído pelo marquês de Marialva.
                Matadura f. Ferida pequena na pele da cavalgadura, provocada
                  pelo roçar
                  dos arreios.
                Matrafão m. Cavalo grande, malfeito.
                Miúdo m. O m. q. travadouro. 
                Miquete m. Burro selvagem de Angola.
                Montada f. Cavalgadura montada.¦2. Elevação dada à peça
                  curva do freio, para que o cavalo passe com facilidade a língua
                  por baixo. 
                Mourão adj. Diz-se do cavalo preto sarapintado de branco.
                Mu m. Zool. Besta muar, filho de burro e égua ou de
                  cavalo e burra.
                Muar adj. 2 gén. Que é da raça dos mus.¦S.
                  2 gén. Besta.¦É possível, como se sabe,
                  o cruzamento entre as espécies Equus caballus (cavalo/égua)
                  Equus asinus (jumento/jumenta). Contudo, por se tratar de espécies
                  diferentes, os seus produtos são inférteis, ou seja,
                  não reproduzem, pois são híbridos. Do cruzamento
                  do cavalo com a jumenta resulta um animal denominado bardoto (hinny,
                  em inglês), cujas características morfológicas
                  ou externas lembram as da jumenta. Quando se cruza o jumento com a égua,
                  temos então um animal chamado burro, mulo ou muar, se for macho;
                  se for fêmea, chamar-se-á mula, cujas características
                  exteriores são parecidas com as da égua. 
                Muralha f. A face ou conta que descreve a circunferência da forma
                  exterior do pé (falando-se do casco do cavalo), e que também
                  se chama parede, taipa e conta.
                Murzelo adj. e s. Cor de amora preta (falando-se de cavalos).
                Museu de Carros de Cavalos de Santa Leocádia (Quinta da Bouça,
                  Santa Leocádia de Geraz do Lima, Viana do Castelo). Marcações
                  de visita através do telefone 258 731 162. 
                Museu do Cavalo de Brinquedo (Grandate, Como, Itália).
                Mutrete m. Bolsa de couro pequena, presa ao cavalo e na qual o viajante
                  leva o farnel. 
                Náfego adj. Que tem anca ou quadril menor que o outro (cavalo).¦m.
                  Fractura do osso ílio do cavalo, o que lhe torna os
                  quadris desiguais.
                Náfrico adj. Prov. trasm. Diz-se da cavalgadura derreada
                  de um quadril.
                Nanicular m. Osso do pé do cavalo que se a sua irrigação é interrompida
                  provoca uma claudicação muitas vezes incurável
                  e que é limitadora do exercício do cavalo.
                Nitrir v. Rinchar, relinchar.
                O jumento, o sino e o preguiçoso, sem pancada não fazem
                  o seu ofício, prov.
                O meu reino por um cavalo! (Ricardo III, 5.º Acto, cena IV, William
                  Shakespeare). «A sua [do cavalo] presença nos terrenos
                  de batalha era tão preciosa que se percebe perfeitamente o ressoar
                  eterno da frase desesperada de Ricardo III: «Um cavalo!
                  Um cavalo! O meu reino por um cavalo!»
                Olhal m. Região da cabeça dos solípedes situada
                  pela parte superior do olho e órbita.
                Olhizarco adj. Diz-se do cavalo que tem um olho de cada cor. 
                Ombro m. Parte da taipa ou muralha do casco dos solípedes que
                  se segue, para os lados, imediatamente à pinça e que é continuada
                  pelos quartos; distingue-se, em cada casco, dois ombros, um
                  de dentro, outro de fora.
                Olivas s. pl. Parótidas do cavalo.¦2. Tumor que nasce
                  entre a cabeça e o pescoço do cavalo. 
                Onagro, ónagro m. Zool. Nome vulgar dos mamíferos perisodáctilos
                  da subordem dos hipóides, família dos Equídeos,
                  que vivem na Mongólia, Pérsia e Síria; é uma
                  espécie de burro selvagem que se caça especialmente na Ásia
                  Menor e na Pérsia; burro. 
                Onocentauro m. Animal fabuloso, meio homem, meio asno, um dos
                  aspectos do demónio para os antigos Judeus.
                Onocola f. Monstro fabuloso que tinha pés de burro.
                Onolatria f. Confiança que, entre os antigos, se depositava
                  nas virtudes medicinais das diferentes partes do jumento.
                Onotauro m. Quadrúpede fantástico, filho de touro
                  e de jumento.
                Orneadeiro m. O m. q. ornejador.
                Ornear v. intr. O m. q. ornejar.
                Orneio m. O m. q. ornejo, zurro.
                Ornejador adj. e m. Que ou o que (animal) orneja.
                Ornejar v. intr. Zurrar, ornear.
                Ornejo m. O m. q. zurro.
Ó ssicos m. pl. A parte do nariz que divide as ventas da besta.
  Ossinho m. Exostose, na canela ou no pé das cavalgaduras.
  Ova f. Tara mole, que atinge, por vezes, o tamanho do ovo de uma
                  pomba, que se observa no pé dos solípedes, próximo
                  do casco.
                Palafrém m. Desus. Cavalo que os reis e os nobres montavam ao
                  entrar na cidade.¦2. Cavalo elegante, que se destina
                  especialmente a senhoras.
                Palafreneiro m. Aquele que tratava do palafrém ou o acompanhava.¦2.
                  O que tratava de cavalos.
                Palmatória f. Placa de couro com pregos que se põe
                  debaixo do peitoral da besta. 
                Paniça adj. Diz-se da ferradura muito larga.
                Pano m. Espaço compreendido entre a aresta interior
                  e a exterior de uma ferradura.
                Pardo adj. Zootec. Tipo de pelagem dos solípedes.
                Parede de casco: Parte do casco que é visível quando
                  o cavalo o tem assente no chão. Está dividido em pinça
                  (à frente), quartos (dos lados) e talão (atrás).
                Parelha f. Par de animais, especialmente muares e cavalares.
                Parelheiro adj. Diz-se do cavalo que na marcha ou corrida em parelha
                  com outro.
                Páreo m. Ant. Corrida a cavalo ou a pé, em que
                  duas ou mais pessoas partiam a par.
                Parrado adj. e p. p. Provinc. beir. e trans. De orelhas grandes
                  e caídas
                  (falando dos cavalos, bois ou carneiros).
                Partidoiro m. Ponto de onde saem os cavalos para a corrida; o m. q.
                  saideiro.
                Passage f. Um dos ares de escola (clássicos). Trote lento e
                  cadenciado com um tempo de suspensão maior do que o
                  habitual em que o cavalo eleva mais os membros do que a trote
                  normal.
                Passar à guia: Meio de trabalhar o cavalo a pé, num círculo
                  usando uma corda comprida (guia).
                Patilha f. Parte posterior do selim.
                Patim m. Peça protectora dos cascos das alimárias
                  contra o roce das ferraduras.
                Pavião adj. Hip. Diz-se do cavalo de mau passo. 
                Pealo m. Bras. do Sul. Laço que se deita ao cavalo ou
                  outro animal quando este vai correndo a toda a velocidade.
                Pégaso m. Pégaso teria nascido do sangue da medusa
                  morta por Perseu, e Minerva fora sua domadora.
                  Peitoral m. Correia que cinge o peito do cavalo.¦2. Região ímpar
                  do tronco dos solípedes que tem por base a parte anterior do
                  esterno e é constituída pelos músculos que dele
                  se dirigem para a espádua e úmero.
                Pelage ou pelagem f. A cor do pêlo dos cavalos.
                Pelham: Embocadura concebida para acumular o efeito de um freio
                  e um bridão numa peça única. Pode ser utilizada com
                  quatro ou apenas duas rédeas mas neste caso as duas argolas
                  de cada lado estão unidas por um francelete de cabedal.
                Pêlo m. Enfermidade que ataca os cascos das cavalgaduras, destruindo
                  os pêlos aí existentes.¦Em pêlo (ou em osso):
                  diz-se do cavalo sem cobertura de espécie alguma.
                Penacho m. Conjunto de penas para adorno de chapéus,
                  capacetes arreios de cavalgaduras, etc.
                Pente de crina: Pente de metal pequeno e com dentes longos que serve
                  para pentear as crinas (crina e cauda) do cavalo. 
                Perdigão m. Cavalo escuro de malhas brancas.
                Pernão m. A parte mais alta e grossa da perna dos quadrúpedes.
                Pesebre m. Lugar designado na manjedoura para a cavalgadura.
                Peso. «Após a cirurgia, Barbaro foi imerso numa piscina
                  para poupar as pernas e evitar lesões internas (devido ao seu
                  peso, os cavalos não podem passar muito tempo deitados)»,
                  DN, 24.05.2006.
                Pessuelos m. pl. Bras. Alforjes ou malas de couro que se levam à garupa
                  do cavalo. 
                Petiço adj. e f. Bras. Cavalo de pernas curtas.¦Cavalinho
                  que não chegou a desenvolver-se.
                Piafar v. Bater (o cavalo) no chão com as patas, mas
                  sem andar.
                Piaffe m. Trote no mesmo terreno, com a cadência e a suspensão
                  de passage. 
                Pialador m. Bras. Cavaleiro que laça um animal pelas mãos.
                Picaço adj. Bras. Designativo do cavalo escuro com testa e os
                  pés brancos.
                Picada f. Sangria em cavalo.
                Picadeiro m. Lugar onde se adestram e treinam cavalos ou se fazem
                  exercícios
                  de equitação.
                Picador m. Mestre de equitação.
                Picar v. Dar de esporas; esporear (animal de sela).
                Picaria f. «O espectáculo [na Coudelaria da Companhia
                  das Lezírias] visa promover o Cavalo Lusitano e oferece uma
                  reconstituição histórica de uma Picaria Real,
                  com cavalos e cavaleiros trajados a rigor», Única,
                  22.10.2005) 
                Picarso adj. De cor grisalha; cor de sal e pimenta.¦M.
                  Cavalo dessa cor.
                Pigarça ou pigarço adj. e s. Diz-se do animal malhado
                  de preto e branco ou de cor grisalha; picarço.
                Picarso adj. De cor grisalha.¦2. m. Cavalo dessa cor.
                Pilão m. Cavalo ou burro trotão.¦2. Terreiro ou
                  espécie de picadeiro em círculo.
                Pileca f. Pop. Cavalgadura pequena, ordinária e escanzelada. 
                Pinça f. Parte anterior da parede do casco dos solípedes. 
                Pingalim m. Chicote delgado e comprido, usado pelos cocheiros.
                Pingo m. Bras. Cavalo bom, cavalo de sela, vistoso, garboso, etc.
                Pingo-lindo m. Bras. Cavalo bonito.
                Pinote m. Salto que a cavalgadura dá, escouceando.
                Piquete adj. Bras. do Sul. Cavalo ou cavalos que estão sempre
                  pronto para qualquer necessidade nas estâncias.
                Piqueteiro adj. Bras. O m. q. piquete, «cavalo que está sempre
                  pronto para qualquer necessidade nas estâncias».
                Pirchas f. pl. Arreios enfeitados e finos.
                Pironette (pirueta) f. Volta (semicírculo ou círculo
                  completo) a galope ou a passo em que o cavalo levanta e pousa o posterior
                  de dentro sempre no mesmo sítio.
                Plumaço m. Adorno de plumas para enfeitar cavalos.
                Poldro m. Qualquer cavalo até aos cinco anos de idade.
                Pónei m. Cavalo que no estado adulto não mede
                  mais de 1,48 m ao garrote.
                Porrilhas f. pl. Veter. Doença das cavalgaduras, análoga às
                  ovas. 
                Pós-perna f. Vet. Parte superior da perna da besta, desde o
                  curvilhão ao quadril.
                Postemão m. Navalha de alveitar usada especialmente
                  para abrir apostemas.
                Potra f. Égua nova.
                Protecções m. pl. Aparelhos utilizados para proteger
                  os membros dos cavalos, principalmente dos choques entre membros, com
                  obstáculos ou em quedas.
                O cavalo velho no estábulo ainda deseja correr 5000 quilómetros.
                  Provérbio chinês.
                Pulmoeira f. Doença dos pulmões dos solípedes,
                  caracterizada pela dificuldade de respirar.
                Punctura f. Vet. Punctura ou prego de rua, toda a ferida acidental
                  perfurante da zona palmar do pé que, infectada, dá lugar
                  a diversas alterações dos órgãos contidos
                  no casco; são feridas produzidas por corpos duros e pontiagudos,
                  mais ou menos cortantes ou picantes, entre os quais se citam em primeiro
                  lugar os pregos; este acidente observa-se frequentemente em todos os
                  animais, mas é o cavalo o que mais vezes é atingido.
                Puro-sangue m. e adj. Cavalo que tem qualidades físicas e morais
                  que se elevam à máxima expressão, mercê de
                  uma criação especial em que a reprodução
                  se tem feito sempre entre indivíduos de idênticas
                  qualidades.
                Puxavante m. Instrumento de ferro e aço, de forma semelhante
                  a uma pá, com gume na parte anterior, e de que os ferradores
                  se servem para aparar os cascos das cavalgaduras e dos bois, ao ferrá-los.
                Quadra f. Cavalariça. «De repente, tumulto na multidão,
                  Time Metaphor, um cavalo de origem japonesa da quadra de Joaquim Fernandes,
                  solta-se do pelotão e começa a conquistar terreno, imparável»,
                  revista Sábado, 25.06.04.
                Quadrijugo adj. Poét. Puxado por quatro cavalos emparelhados.
                Quadril m. Vet. Parte anterior da garupa formada pelo ângulo
                  anterior e externo do ílion e músculos que nele
                  se inserem.
                Quartaludo adj. Diz-se do cavalo que tem defeito nos quartos.
                Quartalvo adj. Diz-se do cavalo que tem os quartos brancos.
                Quarteado adj. Diz-se do cavalo robusto, espadaúdo e bem
                  proporcionado.
                Quartela f. Região dos membros que têm por base óssea
                  a primeira falange.
                Quarto m. Fenda no casco das cavalgaduras, desde o pêlo ou coroa
                  desse casco até à ferradura.¦2. Cada uma
                  das partes da muralha, nas cavalgaduras.
                Quem faz o bom cavalo é o cavaleiro, prov.
                Rabagem. «Pedro Rego refere, por outro lado, que aliada à tosquia
                  tradicional das bestas está a arte das rabagens, a qual consiste
                  em fazer alguns desenhos na garupa e na cola dos animais», «Um
                  ofício em extinção», Cristina Mota
                  Saraiva, Expresso, 22.4.2006, p. 22.
                  Rabicheira f. Parte dos arreios dos muares
                  que passa por baixo da cauda e se prende à parte dos
                  arreios que cinge o ventre, para impedir que a sela escorregue
                  para a
                  frente.
                Rabicho m. Parte do aparelho do cavalo que passa por baixo
                  da cauda e vem prender-se à sela ou selim
                Rancheta f. Gír. Cavalo que foi do exército.
                Ranilha f. Saliência mole, na planta do pé do cavalo. É a
                  parte mole e sensível, de forma triangular no centro
                  do casco do cavalo.
                Raspadeira f. Lâmina de metal que serve para raspar o pelo do
                  cavalo quando está molhado para fazer sair a água
                  em excesso e ajudar a secar o cavalo mais depressa.
                Rebelão adj. Diz-se do cavalo que não obedece
                  ao freio.
                Rebenque m. Chicote de cabo retocado e palma de couro na extremidade
                  e com que o cavaleiro incita o cavalo.
                Récova f. Ant. Comitiva de homens a cavalo.
                Récua f. Ajuntamento de bestas de carga, geralmente presas umas às
                  outras.¦Manada de cavalgaduras.
                  Rédeas f. Correia de couro que, ligada ao freio da cavalgadura,
                  serve para guiar esta. 
                Reiuno adj. Bras. Diz-se do cavalo que é propriedade da União
                  ou do Estado e que é de montaria das forças armadas
                  (cavalaria e artilharia montada).
                Rela f. Provinc. Certo achaque dos cavalos.
                Relinchar v. Soltar relinchos ou rinchos.
                Relincho m. Voz do cavalo; nitrido. O m. q. rincho.
                Remonta f. Mil. Operação ou conjunto de operações
                  que têm por fim satisfazer as necessidades do exército
                  em gado cavalar ou muar para tropas montadas e outros serviços.
                  Renetagem f. Operação que executa o ferrador quando apara
                  ou corta às riscas o casco da cavalgadura.
                  Renetar v. Cortar com o renete.
                  Renete m. Instrumento de ferrador, espécie de puxavante, para
                  cortar às riscas o casco das cavalgaduras.
                  Repoupo m. Prov. alent. Upa, caracolão
                  do cavalo. 
                  Resenha f. Identificação de
                  um cavalo pelo exame dos seus sinais particulares; o m. q.
                  resenho.
                  Resenho m. O m. q. resenha.¦Marca ou
                  sinal que se faz geralmente na perna esquerda do cavalo.
                  Respaldo m. Defeito ou calosidade do cavalo,
                  originada pelo atrito do arção traseiro da sela.
                  Respigão m. Vet. Deslocamento do casco
                  dos solípedes. 
                  Respingão adj. Que escoicinha (falando-se do cavalo).
                  Respingo m. Coice de besta que respinga.
                  Retranca f. Cilha, correia que passa por baixo
                  da cauda das bestas e cujas extremidades se ligam à parte
                  posterior da sela.
                  Reúno m. Cavalo abandonado, sem dono.
                  Rifão m. O m. q. rufão, falando-se
                  do cavalo.
                  Rinchada f. Porção de rinchos.
                  Rinchalar v. Ant. O m. q. rinchar.
                  Rinchante ou rinchão adj. Diz-se do
                  animal que rincha muito, que relincha fortemente.
                  Rinchar v. Emitir rincho ou relincho; relinchar.
                  Rocim m. Cavalo de pequena estatura; cavalo fraco; pileca.
                  Rocinante m. Cavalo fraco; reles; cavalo lazarento.
                  Rodilhudo adj. Diz-se do cavalo que apresenta
                  nos machinhos e joelhos inchação crónica.
                  Rodopelo m. Redemoinho de pêlo nos animais.
                  Rompão m. Protuberância na face
                  interior da ferradura.
                  Rompedeira f. Cunha encabada, com que os ferreiros cortam o ferro em
                  brasa.
                  Ronquido m. Ruído particular que se ouve durante a andadura
                  rápida do cavalo produzido pelo estreitamento de alguns anéis
                  cartilagíneos da sua traqueia.
                  Roseta f. Peça móvel de espora, que consta de um círculo
                  com várias puas, e serve para picar a barriga das cavalgaduras.
                  Rosilho adj. Vet. Tipo de pelagem dos solípedes do grupo das
                  pelagens de duas cores, designativo de pêlo de animal que aparenta
                  cor rósea.
                  Ruano m. e adj. Bras. Diz-se do cavalo cujo
                  pêlo é mesclado
                  de branco e pardo, ou do cavalo de pêlo branco com malhas escuras
                  e redondas. O m. q. ruão.
                  Ruão m. Designação do cavalo cujo pêlo é branco
                  com malhas pretas redondas, ou preto ou pardo com malhas brancas ou
                  esbranquiçadas.
                  Rubicano adj. Diz-se do cavalo negro, baio
                  ou alazão com pêlos
                  brancos na pele.
                  Rubicão adj. Diz-se do cavalo baio,
                  preto ou alazão,
                  com alguns pêlos brancos disseminados na pele.
                  Rucilho adj. e m. Cavalo que tem pêlos
                  brancos, vermelhos e pretos, misturados.
                  Ruço adj. Diz-se do cavalo de pelagem
                  originalmente escura (preta, lazã ou baia), interpolado de pêlos brancos que ganham
                  terreno com o avançar da idade, tornando o cavalo totalmente
                  branco a partir de certa altura.
                  Rufão m. Cavalo que rufa. 
                  Russianas f. pl. Bras. Botas de cano alto,
                  próprias para montar
                  a cavalo, de couro chamado da Rússia.
                  Sacão m. Salto de uma cavalgadura para sacudir o cavaleiro.
                  Safradeira f. Instrumento sobre que se furam
                  as ferraduras e se abre o olho das enxadas e de outros utensílios,
                  na falta de bigorna com furos.
                  Saidouro m. Lugar de partida nas corridas de cavalos. 
                Sair pela porta do cavalo, exp. pop.
                Salandra f. Veter. Arestim na junta do curvilhão dos equídeos. 
                Salgo adj. Bras. Diz-se do cavalo que tem brancos
                os olhos, ou um deles, e inflamado o bordo das pálpebras.
                  Sangue m. O sangue contido no corpo do cavalo representa aproximadamente
                  1/18 do seu peso corporal total. 
                  Sapo m. Certa doença no casco das cavalgaduras.
                  Saúco m. Parte do casco das bestas entre a taipa e a palma.
                Se a ferradura desse sorte, o burro não puxava carroça,
                  prov.
                  Sebruno adj. Bras. Designativo do cavalo meio
                  escuro e do pêlo
                  desse animal.
                  Segeiro m. O segeiro era o artífice ligado essencialmente à construção
                  e reparação de carroças, não deixando,
                  no entanto, de fazer e reparar alguns objectos agrícolas. O
                  desaparecimento do gado como animal de tracção e a procura
                  de maquinaria agrícola motorizada levou à extinção
                  do segeiro.
                  Seima f. Vet. Fenda ou greta que se produz na parede dos cascos, de
                  cima para baixo.
                  Sela f. Género de assento que se coloca
                  no dorso do cavalo, para maior comodidade de quem monta.
                  Sela à portuguesa: A actual sela à portuguesa evoluiu
                  a partir da sela francesa do século XVIII. Em relação
                  a esta última, simplificou-se e ganhou sobriedade.
                Selador adj. e s. Aquele que sela bestas.
                Seladouro m. Região do corpo do animal, situada entre
                o garrote e os lombos.
                Seladura f. Acto ou efeito de selar; seladouro.
                Selagão m. Sela de pequeno arção anterior, e sem
                  arção posterior.
                Selagote m. Sela rústica muito usada no interior do
                  Brasil.
                  Selaria f. Arte ou comércio de seleiro.¦2. Estabelecimento
                  ou arruamento de seleiros.¦3. Sítio onde se guardam as
                  selas e os arreios.¦4. Porção de selas
                  e outros arreios.
                Seleiro adj. Que é bom cavaleiro ou que se sustenta bem na sela.¦2.
                  Diz-se do cavalo que já experimentou a sela.¦S.
                  Fabricante ou vendedor de selas e arreios.
                Selim m. Pequena sela, sem arção.
                Selote m. Sela pequena sem arção. 
                Semental m. Animal reprodutor, cavalo garanhão e por extensão
                  qualquer reprodutor masculino.
                Sendeiro adj. e m. Designativo do cavalo quartão, isto é,
                  pequeno mas robusto, só próprio para carga. 
                Sentido adj. Diz-se do cavalo muito sensível às ajudas
                  e solicitações do cavaleiro.
                Serigola f. Correia de cabeçadas, que passa pelo pescoço
                  das cavalgaduras.
                Serrilha f. Barbela de feno, guarnecida de pontas, que serve para domar
                  ou para sofrear as cavalgaduras.
                  Serrilhão m. Espécie de cabeçada
                  das cavalgaduras.
                Serrilhar v. Puxar, em sentido oposto, as duas rédeas
                  do cavalo quando este toma o freio nos dentes.
                Seta f. Rodopelo junto da base da cauda dos cavalos. 
                Setas f. pl. Redemoinho de pêlos no peito dos cavalos, também
                  chamado gaias.
                Silhal m. O m. q. silhão (sela).
                Silhão m. Sela grande, com estribo só de um lado e um
                  arção, semicircular, em que montam mulheres quando
                  cavalgam com saia.
                Sisgola f. Uma das peças do arreio do cavalo.
                Sobarbada f. Barbela de corda ou atilho que se coloca na barba do cavalo.
                Sobreança f. Cobertura de besta, o m. q. xairel.
                Sobrecana m. Vet. Tara óssea das canelas dos solípedes.
                Sobreceia f. Prov. Ração que se dá aos bois
                  ou aos cavalos, depois da ceia.
                Sobrecilha f. Peça de arreio que fica sobre a cilha.
                Sobrecurva f. Tumor duro, na curva do jarrete da cavalgadura.
                Sobremachinho m. Protuberância resultante da inflamação
                  dos tendões das cavalgaduras.
                Sobremão m. Exostose ou excrescência dura que se forma
                  na mão ou na frente da coroa anterior, nas cavalgaduras.
                Sobrenervo m. Vet. Tumor sobre um nervo (falando-se das bestas).
                Sobreosso m. Vet. Engrossamento anormal de um osso, nas cavalgaduras.
                Sobrepé m. Vet. Tara óssea que se desenvolve na
                parte anterior da coroa dos membros posteriores das cavalgaduras.
                Sobrequartela f. Vet. Tara óssea das quartelas dos membros dos
                  solípedes.
                Sobrerrodela f. Vet. Tara óssea do joelho dos solípedes.
                Socolipé m. Prov. beir. Direcção contrária à do
                  pêlo.
                Sodra f. Sulco nas coxas de alguns cavalos.
                Sofrear v. Sustar ou modificar a andadura de (uma cavalgadura)
                  puxando ou retesando a rédea.
                Solandre m. Penda na dobra do curvilhão das cavalgaduras.
                Soldra f. Veter. Saliência sobre a articulação
                  da coxa com a perna, nas cavalgaduras.
                Soleira f. Parte do estribo em que assentam os pés do cavaleiro.¦A
                  correia que nas esporas passa por baixo do pé.
                Solípede m. Diz-se do animal que tem um só casco em cada
                  pé.
                Sorraia m. Raça de cavalos portuguesa. «[…] a terceira
                  raça de cavalos portugueses é o pequeno e rústico
                  Sorraia, que já foi um importante animal de trabalho na agricultura»,
                  revista Sábado, 25.06.04.
                Sortelha f. Corrida de cavalos, em que o cavaleiro deve enfiar
                  uma lança num anel suspenso de um arco.
                Sota m. Boleeiro que vai montado no cavalo da sela.¦2. Cavalo
                  que é atrelado à frente da parelha, a fim de
                  ajudar esta a puxar o carro.
                Starting gate loc. «As portas da starting gate abrem-se, os cavalos
                  saem disparados», revista Sábado, 25.06.04.
                Steeplechase m. Corrida com uma distância específica em
                  que os cavalos têm que saltar um determinado número de
                  obstáculos.
                Studbook m. É um cartório que mantém os
                  livros de registos de nascimento e genealogia, propriedade
                  e morte de
                  cavalos.
                Suadoiro ou suadouro m. Coxim de lã que assenta sobre o corpo
                  do cavalo, sobre o qual assenta a sela ou selim.¦2. O lombo
                  do cavalo ou parte das costas sobre que se põe a sela ou selim.¦3.
                  Xairel de lã.
                Suécia f. Ferramenta de serralheiro ou de ferreiro formada por
                  um bloco de ferro fundido, onde se acham abertos moldes de várias
                  formas e dimensões, e que serve de molde, de craveira ou de
                  alfeça.
                Sueira f. Ant. Xairel de agasalho de bestas ou manta que as resguarda
                  quando suadas.
                Sufradeira s. Argolão de ferro muito grosso onde os serralheiros
                  ou os ferreiros põem as peças cujos encabadouros têm
                  de ser aperfeiçoados.
                Sustinente m. pl. Ant. Peças de guarnição do arreio
                  do cavalo de brida, pró vezes de prata. 
                Tabardilão m. Vet. Epizootia dos equídeos.
                Taforeia f. Antiga embarcação, empregada no transporte
                  de cavalos e como navio de guerra.
                Taipa f. Substância córnea que envolve as partes vivas
                  do pé do cavalo; o m. q. tapa. 
                Talabardão m. Bras. Cobertura de couro cru na armação
                  de madeira, que a acomodação da carga nas cangalhas.
                Talajero m. P. us. Peça do freio do cavalo.
                Talão m. Extremidade dos ramos das ferraduras.
                Talhadeira f. Ferramenta do ferreiro.
                Tara f. Defeito ou vício das cavalgaduras.
                Tarim m. Ant. Espécie de freio para cavalgaduras. 
                Tarpã m. Raça de cavalos de cor castanha que vive nas
                  estepes da Ásia Ocidental.
                Tavão m. Insecto díptero, da família dos tabanídeos,
                  que morde especialmente os bois e os cavalos; moscardo.
                Tejoila ou tejoula f. Pop. Um dos ossos, o sesamóide,
                  do casco do cavalo.
                Teliz m. Pano que serve para cobrir a sela do cavalo.
                Temperilho m. Governo das rédeas; destreza no manejo das rédeas.
                Tent pegging: Exercício militar de cavalaria durante o qual
                  os cavaleiros, em pleno galope, tentam prender toros de madeira com
                  a ponta das suas lanças.
                Testicondo adj. Diz-se especialmente do cavalo que tem os testículos
                  recolhidos no ventre.
                Testeira f. Peça da cabeçada que fica na testa
                  do cavalo pela frente das orelhas.
                Tico m. Vício dos equídeos que poisam os dentes
                  superiores na manjedoura ou noutro objecto, parecendo que tomam
                  ar.
                Tira f. Correia que faz parte do aparelho do cavalo, sobre as ancas.
                Tiradeiras f. pl. Cordas, correntes, tiras de sola ou couro cru,
                  entre as quais vão presas as bestas que puxam as almanjarras.
                Tirante m. Cada uma das correias que prendem a parelha do tronco
                  ao jogo dianteiro da carruagem ou do armão do reparo.
                Tirar o cavalo (ou o cavalinho) da chuva. «Em Portugal, a expressão
                  tem um sentido irónico. A palavra “cavalo” [conforme explicação
                  na obra A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta] passou a “cavalinho”
                  e “tirar o cavalinho da chuva” começou a ser utilizado para
                  aconselhar alguém a desistir das suas intenções,
                  a perder as ilusões de obter algo, a desistir de uma ideia ou
                  intento, pois não terá grandes hipóteses de ver
                  esse desejo realizado» (Cuidado com a Língua!,
                  RTP1, 8.12.2006).
                Tira-testa m. Parte do arreio que corresponde à testa
                  da cavalgadura.
                Tobiano adj. e m. Diz-se de um cavalo de certa raça
                  que apresenta manchas grandes e compridas. 
                Tocada f. Bras. Acto de chicotear na corrida (um cavalo) para
                  o governar.¦Corrida
                  de ensaio a que se sujeita o cavalo parelheiro que está para
                  correr.
                Tocador m. Bras. Almocreve que guia um lote de animais de carga.
                Todo o burro come palha, a questão é saber dar-lha,
                  prov.
                Tolano m. Sulco no paladar das cavalgaduras.
                Tomadura f. Ferimento produzido na cavalgadura pelo roçar
                  da sela ou da albarda.
                Topete m. Parte anterior da crina do cavalo que cai entre as orelhas.
                Topinho adj. Diz-se da cavalgadura que tem os talões e
                quartos muito altos.
                Toque m. Capacete de cavaleiro.
                Torção f. Cólica, dores violentas de barriga
                  que atacam alguns animais, mas sobretudo o cavalo.
                Tordilho adj. Diz-se do cavalo, cujo pêlo tem a aparência
                  da cor do tordo.
                Torno m. Exercício do manejo (do cavalo).
                Tosadura f. «A tosadura demora em média trinta minutos
                  e, embora sendo relativamente fácil, com alguns animais requer
                  especial cuidado, devido à sua agressividade», «Um
                  ofício em extinção», Cristina Mota
                  Saraiva, Expresso, 22.4.2006, p. 22. 
                Toso m. Bras. Certo modo de cortar a crina ao cavalo.
                Tougue m. Espécie de estandarte turco, formado de meia lança,
                  na extremidade do qual se prende uma cauda de cavalo com botão
                  de ouro.
                Touruno adj. Diz-se do boi ou cavalo mal castrado que ainda
                  procura as fêmeas.
                Tranco m. Salto largo que dão as cavalgaduras.
                Tranquilha f. Peça de madeira, com que se aperta o cavalo
                  no manejo.
                Transcurvo adj. Cavalo com os membros anteriores do joelho
                  para baixo côncavos.
                Transtravado adj. Veter. Diz-se do cavalo que tem o bípede diagonal
                  direito (mão direita e pé esquerdo) calçado.
                Travadouro m. Veter. Dá-se este nome à parte média
                  da quartela. O m. q. miúdo.
                Travagem f. Inflamação das gengivas dos cavalos,
                  que produz a queda dos dentes. 
                Trava-línguas «Esta burra torta trota»: Esta burra
                  torta trota/Trota, trota, a burra torta./Trinca a murta, a murta brota/Brota
                  a murta ao pé da porta.
                Travessa f. Ant. Peça do arreio das cavalgaduras.
                Travessão m. Parte mais larga do cincho, a qual, quando
                  se encilha o cavalo, fica sobre o lombilho.
                Travinca f. Provic. trans. Pequena peça de pau, em forma de ângulo
                  obtuso, e que serve de argola grosseira nas cilhas e sobrecargas.
                Tresalvo adj. Diz-se do cavalo que tem três membros brancos,
                  sendo o quarto de cor diferente.
                Tribofar v. Bras. Fazer combinações desonestas em relação
                  aos páreos de corridas de cavalos.
                Tribofe m. Bras. Conchavo doloso, entre jogadores, nas corridas de
                  cavalos. 
                Tribolim m. Carro para um só macho ou mula, com varais,
                  unidos por carga de madeira e ferro.
                Triga f. Ant. Carro puxado por três cavalos.
                Trintanário m. Criado que vai ao lado do cocheiro, na
                  almofada do trem, e que abre a portinhola, faz recados, etc.
                Troço m. Veter. Dá-se o nome de troço à região
                  da cauda que se segue à raiz e onde se implantam as crinas nos
                  solípedes.
                Trombeta f. Máscara de couro no focinho dos cavalos, para que
                  estes não comam fora da ração.
                Tronco m. Parte do corpo do cavalo situada entre os membros
                  anteriores (antebraços) e os flancos.¦2. Colunas
                  e travessas entre os quais se prendem os bois, os cavalos,
                  etc., para serem
                  ferrados
                  ou pensados.
                Tropear v. Fazer ruído com os pés, andando (falando-se
                  principalmente dos cavalos).¦2. Cavalgar com estrépito.
                Tropeiro m. Aquele que conduz bestas de carga ou manadas de gado grosso,
                  como cavalos e bois.
                Tropel m. Grande ruído produzido pelo andar das bestas.
                Tropelão adj. Diz-se do cavalo que tropeça muito ou dá muitas
                  vezes com o pé.
                Tropelha f. Magote de cavalos, com uma égua branca.
                Tropicão adj. Diz-se do cavalo que tropeça muito.
                Troquilha m. Indivíduo que vive de fazer troca de animais
                  em feiras.
                Trotão m. Cavalo que trota.
                Trotar v. Andar a cavalgadura a trote.
                Trote m. Andamento saltão, em dois tempos iguais, em que os
                  membros se movem associados por bípedes diagonais, fazendo
                  ouvir duas batidas em cada passada.
                Tubuna f. Ferida incurável, que aparece no lombo dos
                  cavalos.
                Turfe m. Prado de corridas de cavalos.¦2. O desporto
                  das corridas de cavalos.
                Unheira f. Bras. Matadura incurável, ao lado do fio
                  do lombo dos cavalos e proveniente do mau uso dos lombilhos;
                  o m.
                  q. tubuna
                  e matadura. 
                Unheirudo adj. Diz-se do cavalo ruim, imprestável.
                Upa f. Salto imprevisto do cavalo.
                Upar v. Dar upas (falando-se de bestas). 
                Urca f. Prov. Égua grande e robusta.
                Urcaço adj. Bras. Muito grande, muito urco (falando-se
                de cavalo).
                Vaio m. Desus. Cavalo baio.
                Vale mais um burro que nos leve que cavalo que nos derrube, prov.
                Vareio m. Exercício a que se submete o cavalo nas corridas,
                  para que fique mais ligeiro.
                Ventrilha f. ou ventrilho m. Prov. Peças de arreios, também
                  chamada cilha ou cilhão.
                Verdeio m. Forragem verde para cavalo.¦2. Acto de dar
                  forragem verde a cavalo.
                Vergal m. Correia que prende ao carro as cavalgaduras.
                Vergalheira f. Provinc. alg. O aparelho genital dos animais corpulentos,
                  bois, cavalos, etc.
                Vergalho m. Membro genital dos bois (e dos cavalos) depois de seco.
                Vertigo m. Doença grave de que sofre o gado cavalar e que é muitas
                  vezes mortal, devida a uma congestão ou compressão dos órgãos
                  encefálicos.
                Virador m. Lugar de onde partem os cavalos que disputam uma corrida.
                Vívula f. Inflamação da pele e tendões,
                  na parte anterior da quartela da cavalgadura.
                Volteio m. Acrobacia humana sobre um cavalo em pêlo.
                Xairel m. Cobertura da cavalgadura, sobre que se põe
                  o selim ou a albarda.
                Xairelado adj. Diz-se do cavalo que tem mancha branca no seladouro
                  que parece um xairel.
                Xarel m. O m. q. xairel.
                Xaréu m. Capa de couro com que os vaqueiros cobrem as
                ancas do cavalo, para impedir que resfriem depois de uma caminhada.
                Xerga f. Espécie de almofada, que se põe debaixo
                  da albarda das bestas.
                Xergão m. Manta de lã ou de algodão que se põe
                  sobre a sela.
                Xó! interj. Voz de que se servem os condutores de bestas
                  para as fazer parar.
                Zacael m. Prov. Gír. Burro.
                Zarco adj. Que tem malha branca em volta de um ou de ambos os olhos
                  (falando-se do cavalo).
                Zebruno adj. De cor baia (diz-se dos cavalos). O m. q. sebruno.
                Zefa f. Égua.
                Zornão adj. Prov. Diz-se do burro que zurra muito, sobretudo
              quando avista fêmea. 
           
           
          
          
                
                in http://letratura.blogspot.com/2006/12/glossrio-equinos-e-asininos.html